Os processos de desenvolvimento pessoal podem ter diversas abordagens e filosofias. O coaching é um destes processos, que se concentra no entendimento dos objetivos pessoais e profissionais e no desenvolvimento de habilidades a fim de alcançar estes objetivos.
O coaching se popularizou nos últimos anos com foco no desenvolvimento de carreira ou de projetos profissionais. No entanto, ele pode ser aplicado nos mais diversos aspectos da vida de uma pessoa. Como uma técnica flexível, ele também possui diversas vertentes com metodologias próprias, como é o caso do coaching zen. Esta vertente do coaching une uma metodologia focada na resolução de problemas com os princípios de autoconhecimento e desenvolvimento da filosofia milenar zen.
Neste artigo, vamos falar o que é o coaching zen, quais os seus princípios e como aplicá-los na sua vida. Confira!
O que é o coaching zen?
O Coaching Zen é uma abordagem de desenvolvimento, que pode ter foco pessoal, coletivo ou organizacional, que busca compreender os princípios sobre os quais se apoiam a vida de um indivíduo. Ele utiliza a abordagem do coaching no foco e nas técnicas para alcançar objetivo para aplicar a filosofia e conceitos de iluminação do zen, tradição que nasceu na China no século VII.
Dessa maneira, o zen coaching se propõe a ser um mergulho profunda na jornada e nas experiências de vida das pessoas, a fim de ajudá-las a reconhecer as suas próprias naturezas e das qualidades essenciais à vida, como amor; força; liberdade; criatividade e amplitude.
Segundo a filosofia do coaching zen, ao reconhecer a própria consciência e as suas potencialidades, é possível transformar a própria vida e levar mais paz, força e positividade para si mesmo e para os outros ao nosso redor.
Assim, o coaching zen baseia-se em três propostas:
- Na intenção de reconhecer-se nas sua essência e viver livre e consciente;
- Na exploração e prática de suporte para uma vida livre e consciente para si e para os outros; e
- Na comunhão com amigos e familiares que praticam a vida na sua essência, com alegria, suporte mútuo e consciência.
A abordagem do coaching zen é constituída a partir dos princípios básicos de atenção plena e na exploração de recursos internos pessoais. A principal prática é, portanto, a investigação interna baseada em perguntas específicas e da prática de escuta como forma de apoio à investigação.
Os princípios do coaching zen e como praticá-los
1. Estar presente
Um dos principais ensinamentos da filosofia zen e que tem sido difundida em outras filosofias de aprimoramento pessoal, como mindfulness, é a prática de estar presente. Isso significa dedicar a sua atenção plena no momento em que se está vivendo, sem a intenção de fazer conexões imediatas ou julgamentos. É também mostrar-se curioso e aberto a experiências novas que podem trazer significados novos para a vida.
As preocupações e todas as informações que somos bombardeados todos os dias são verdadeiros obstáculos para conseguirmos viver no presente. O passado e o futuro permanecem na nossa mente o tempo todo e, embora sejam preocupações válidas, elas podem nos impedir de agir no presente e realizar nossos projetos. A partir dos ensinamentos do coaching zen podemos criar planos de ação focados na situação presente, onde podemos, de fato vivê-las.
2. Suporte emocional
A função de um coach não é consertar um problema, mas ajuda as pessoas a identificar os problemas que estão enfrentando e orientar a resolução deste problema. Assim, ele age mais pela sua presença e disposição para ajudar do que desempenhando uma ação concreta. No coaching zen, portanto, a reflexão é desencadeada pela curiosidade e pela segurança de uma que haverá alguém dando o suporte emocional que você precisa para passar por aquele momento.
O suporte emocional é um princípio básico de uma reflexão mais profunda e do autoconhecimento, que dará segurança em um momento delicado. Ele também nos mostra a importância de criar relações de confiança e intimidade com as pessoas que fazem parte da nossa vida, como familiares e amigos.
3. Escuta empática
Como já falamos anteriormente, o foco do coaching zen é na escuta de si, do ambiente e das pessoas que nos cercam. Mas esta escuta deve ser empática, que valoriza a percepção e o reconhecimento do outro e do significado das palavras que estão sendo empregadas na fala.
Também chamada de escuta ativa, ela pode ser considerada uma escuta total e presente, pois considera não só a mensagem que está sendo transmitida na fala, mas também as outras linguagens e sentimentos que estão sendo expostos, mesmo que inconscientemente. Dessa forma, ouve-se com todos os sentidos, não só através da audição, sem formular julgamentos, críticas ou soluções simples e milagrosas para o problema que está sendo exposto.
No mundo corrido de hoje, é muito comum que, quando vamos ter uma conversa pessoal ou profissional, dividimos a nossa atenção entre a escuta e alguma outra atividade, como ler uma mensagem, responder um e-mail ou pensando nos próprios problemas. Ou seja, não exercitamos uma comunicação completa, uma vez que diversas mensagens que são passadas simplesmente não chegam aos receptores. Experimente aplicar a escuta empática nas suas relações, colocando-se presente e disposto a conectar-se emocionalmente com as pessoas.
4. Flexibilidade
O coaching zen é uma forma paciente e disciplinada de autoconhecimento. Dessa forma, é uma investigação da própria essência do ser, o que pode quebrar muitas ideias fixas que cada pessoa tem sobre si mesmo. Dessa forma, o coaching zen nos ensina sobre a flexibilidade. Não só na sua técnica, que vai se adaptando ao processo de cada pessoa, o coaching zen nos ensina que podemos ser muito mais flexíveis e adaptáveis às mudanças que a vida nos traz.
Assim, podemos quebrar aquilo que nos limita, nossos preconceitos as pré-concepções que temos de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Só assim podemos entender o verdadeiro significado das coisas no universo.
E aí, você já aplicou algum destes princípios na sua vida? Compartilhe este artigo nas suas redes e continue acompanhando nossos conteúdos para mais dicas sobre desenvolvimento pessoal.