Num processo seletivo, o currículo é o primeiro contato que os recrutadores têm com os candidatos a uma vaga de emprego. Com um mercado de trabalho cada vez mais concorrido, é essencial se preocupar com a forma como se escreve e apresenta o currículo, a fim de não só causar uma boa impressão, mas se destacar entre os demais.
Até porque, precisamos considerar que, embora nenhum candidato seja igual ao outro, é normal que haja similaridades na formação.
Então, como destacar a sua formação entre tantos candidatos com perfis parecidos com o seu? Saber escolher e colocar curso no currículo corretamente é o primeira – e mais importante – passo para se diferenciar dos concorrentes a uma vaga de trabalho. Como fazer isso? É o que vamos falar neste artigo. Confira abaixo:
Quais cursos posso colocar no currículo?
Embora os cursos superiores tenham mais relevância no currículo, saiba que outros tipos de cursos também são importantes para a sua trajetória profissional. E, por isso, podem trazer um diferencial para o seu currículo. Por isso, não tenha medo de adicionar cursos livres, de difusão e atualização.
No entanto, é importante ressaltar que o currículo é um documento que se propõe a apresentar um histórico sintético do candidato. Ou seja, ele é curto e direto ao ponto, idealmente, condensando todas as informações que o recrutador precisa saber em uma única página. Então, nem sempre há espaço para tudo o que queremos mostrar.
Por isso, por mais que você goste dos cursos que já fez ou está fazendo, é preciso definir prioridades ou um filtro do que entra e do que fica de fora do currículo. A melhor forma de fazer isso é se perguntar se aquele curso tem algum impacto sobre a vaga na qual você está concorrendo.
Por exemplo, você é um profissional com duas graduações: uma em moda e outra em jornalismo. Se você está se candidatando a uma vaga de jornalista com foco em moda, arte e cultura, pode ser interessante incluir os dois cursos. Por outro lado, se você está se candidatando a uma vaga de jornalismo com foco em economia, não faz tanto sentido incluir a sua primeira graduação em moda.
O mesmo vale para cursos livres: antes de adicionar, pense se eles irão trazer algum benefício para você naquele processo seletivo. Se a resposta é não, deixe-o de fora do currículo!
Em suma, não há receita pronta: é possível colocar diversos tipos de curso no currículo, mas a inclusão ou não deles depende do contexto da vaga.
Como colocar curso no currículo?
1. Conheça as seções do currículo para inserir os cursos corretamente
Um currículo contém muitas informações importantes sobre um candidato. Então, para garantir a compreensão de tudo, é importante ter uma organização bem estabelecida. Assim, estabeleceu-se uma divisão de seções, adotada pela maioria dos modelos de currículo não só no Brasil, mas em diversos outros países. Elas são:
- Dados pessoais;
- Objetivo profissional;
- Resumo das qualificações;
- Experiência profissional;
- Formação acadêmica;
- Formação complementar;
- Habilidades; e, por fim,
- Informações complementares.
Sendo assim, lembre-se que: cursos que conferem grau de titulação na sua conclusão sempre aparecem na seção de Formação Acadêmica. Quais são eles? Graduações (bacharelado, licenciatura e tecnológico) e pós-graduações lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado).
Por outro lado, cursos que não conferem grau de titulação na sua conclusão são inseridos na seção de Formação Complementar. Eles são: cursos livres, de idiomas, bem como de aperfeiçoamento, atualização e difusão.
2. Saiba quais informações inserir sobre cada tipo de curso
Agora que você já sabe como separar os seus cursos e onde colocá-los no currículo, vamos te mostrar exatamente como colocá-los.
Pois não basta colocar somente o nome do curso em si, é preciso dar mais algumas informações para situar o recrutador. Leve em consideração que o currículo é um documento que demonstra que o candidato possui qualificação para aquela vaga. Por isso, não adianta apresentar informações pela metade!
Afinal, um curso pode ser oferecido por diversas instituições, inclusive com enfoques diferentes. Informações vagas não são permitidas no currículo!
Assim, dá uma olhada nas informações que não podem faltar sobre os seus cursos:
Cursos com grau de titulação
- Nome do curso;
- Nome da instituição e localização;
- Status; e
- Data de início e conclusão (ou previsão).
Além disso, existem outros detalhes específicos que você pode mencionar – desde que, é claro, façam sentido para a vaga que você está se candidatando. São eles:
- Carga horária total do curso;
- Turno (esta informação é bastante importante caso você esteja se candidatando para um estágio ou outro regime de trabalho ao mesmo tempo em que estuda);
- Título do trabalho de conclusão de curso ou correspondente; e
- Matérias optativas, ou seja, aquelas que você escolheu fazer durante o curso.
Confira exemplos:
Mestrado Profissional em Enfermagem
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – Botucatu, São Paulo
Concluído – 02/2012 a 12/2014.
Título da Dissertação: Caracterização do perfil dos pacientes em oxigenoterapia domiciliar em uma cidade do interior do estado de São Paulo.
Especialização em Museologia, Cultura e Educação
Universidade Pontifícia Católica de São Paulo (PUC-SP) – São Paulo, SP
Cursando – 07/2021 a 12/2022.
Carga horária total: 360h.
Cursos sem grau de titulação
Por outro lado, os cursos que não possuem titulação de grau requerem menos informações no currículo. Sendo elas:
- Nome do curso;
- Nome da instituição;
- Período de oferecimento; e
- Carga horária total.
Confira alguns exemplos:
Customer Experience
Universidade Pontifícia Católica de São Paulo (PUC-SP) – 11/2021. 30h.
Programação em PYTHON e R
Fundação Getulio Vargas (FGV) – 07/18. 18h.
3. Organize seus cursos na ordem decrescente
A ordem como colocamos as informações na folha do currículo também é importante! Seja em relação aos cursos ou às experiências profissionais, a regra é sempre a mesma: insira em ordem decrescente, do mais recente ao mais antigo.
Por que? Pois deixa a sua conquista mais recente em destaque. Em outras palavras, dá uma visão clara do seu estado profissional atual.
4. Confira o período de realização dos cursos de atualização e aperfeiçoamento
Por último, mas não menos importante: fique atento ao período de realização de alguns cursos. Pois o recrutador certamente não achará um curso de atualização realizado há 10 anos atrás muito “atualizado” hoje em dia. Os cursos apontados na Formação complementar demonstram que o profissional é ambicioso e proativo, que está constantemente se reinventando dentro da sua área de atuação.
Por isso, prefira mostrar quais foram os cursos que você fez recentemente. Quanto aos cursos mais antigos, pense em quais foram as competências que eles te ensinaram – algumas podem ser incluídas na seção de Habilidades!
Esperamos que este artigo tenha tirado suas dúvidas sobre como colocar curso no currículo e que te destaque no processo seletivo para a sua vaga dos sonhos! Continue acompanhando nossos conteúdos para mais dicas e informações sobre a vida profissional e acadêmica.