Crescimento de e-commerce em meio à pandemia sobrecarrega entregas

Com o número alto de pessoas isoladas em suas casas devido à pandemia do Coronavírus, o modelo de compras mudou. O e-commerce que possibilita compras completas em um clique na tela do celular ou no cursor do computador se tornou a alternativa para a realização de compras de alimentos, eletrônicos, livros e diversos outros produtos. Esta mudança, no entanto, tem provocado sobrecargas no sistema digitais e nas entregas de produtos. 

Compras online como alternativa em tempos de isolamento social

Com a popularização dos smartphones e a possibilidade de realizar compras de uma forma fácil, rápida e sem filas, o e-commerce já se destacava como um mercado em ascensão. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento das vendas online saltaram de R$16,8 bilhões em 2010 para R$75,1 bilhões em 2019. 

Dessa forma, muitos estabelecimentos físicos que já possuíam lojas online, fecharam suas portas e colocaram toda a sua energia no processamento de pedidos e na entrega dos produtos. A gigante do varejo, Magazine Luiza, anunciou na última segunda-feira (23), o fechamento de todas as suas lojas físicas por tempo indeterminado. Na sua loja online ou no aplicativo MagaLu, a varejista estabeleceu promoções e estabeleceu frete grátis para compras a partir de R$49,00. 

Sobrecarga de vendas pode afetar prazos de entrega 

As redes de supermercados, embora não tenham fechado suas lojas físicas por se tratar de um serviço essencial à população, já apontam a sobrecarga dos seus sistemas online. Com o aumento de vendas realizadas via e-commerce, a tendência é que os prazos de entrega se tornem maiores. 

O Carrefour informou em uma nota à imprensa um “aumento significativo de pedidos via e-commerce”. O Grupo Pão de Açúcar também informou aumento nas vendas online. Ao realizar as compras na plataforma do grupo, os consumidores são informados sobre a disponibilidade de entrega. Ambas as redes estão contratando funcionários para suprir o aumento de compras e entregas. Além disso, o Grupo Pão de Açúcar anunciou um novo centro de distribuição. Ele tem o objetivo de suprir as compras da cidade de São Paulo, local onde há maior demanda.

A procura por gás de cozinha também aumentou. Segundo a Ultragaz, líder no setor de botijões domésticos, apontou um crescimento de 10 a 15% nas suas vendas. A startup de entregas a domicílio, Eu Entrego, registrou um aumento significativo nos seus serviços relacionados à produtos de supermercado e mercearia. Ela teve também crescimento no número de entregadores cadastrados, que já chega a 80 mil.  

Com a decretação de quarentena em cidades e estados brasileiros e a impossibilidade de abrir seus comércios, pequenos comerciantes e microempreendedores têm recorrido também ao e-commerce e à televenda como forma de manter seus negócios ativos.