O que faz um economista? Conheça as atribuições dessa profissão

Embora seja uma profissão amplamente conhecida e de bastante prestígio, muitas pessoas não sabem exatamente o que faz um economista.

O profissional da área das ciências econômicas é essencial na nossa sociedade. É ele quem auxilia organizações e pessoas a empregarem melhor os seus recursos financeiros. Seu mercado de trabalho é bastante amplo, o que garante inúmeras possibilidades de atuação para economistas.

Está pensando em seguir carreira como economista? Neste artigo, te contamos sobre as atribuições e trazemos outras informações importantes caso você tenha interesse em adentrar nesta profissão. Confira!

O que faz um economista?

Economista é o profissional que realiza análises de dados matemáticos, estatísticos, históricos e sociais para detectar tendências e analisar a economia de uma instituição, grupo, país ou até mesmo do globo. Com os dados reunidos e analisados, o profissional pode recomendar mudanças ou traçar planos de ação que permitam a preservação e ampliação do patrimônio pessoal e/ou coletivo. Seus relatórios servem de base para a tomada de decisões referente à aplicação de recursos financeiros.

Em resumo, as principais atribuições de um economista são:

  • Coletar dados econômicos para a realização de análises e relatórios específicos da sua área de atuação
  • Analisar as mudanças do mercado e da economia de forma global;
  • Relacionar as mudanças de cenário com as atividades econômicas específicas da área em que atua;
  • Realizar projeções macroeconômicas com o objetivo de levantar os riscos e oportunidades futuras;
  • Realizar estudos de viabilidade econômica de projetos;
  • Atuar na auditoria de processos ou gestão de recursos econômicos, identificando inconformidades;
  • Atuar como mediador na resolução de impasses econômicos entre instituições;
  • Elaborar projetos (pesquisa econômica, de mercados, viabilidade econômica etc.);
  • Acompanhar execução orçamentária na sua área de atuação;
  • Subsidiar formulação de normas, regulamentos e contratos.

Economista precisa ser bom com números?

Um detalhe importante sobre o dia a dia do economista é que este é um profissional que passa parte do seu tempo levantando e analisando números. No entanto, isso não faz da economia uma área de conhecimento das ciências exatas.

O conhecimento e a capacidade de lidar com números é só uma das habilidades que um economista precisa dominar. Pois, na verdade, a economia está localizada dentro das ciências humanas, pois se baseia no estudo de fatos históricos, no comportamento humano e da sociedade. Em específico, a economia faz parte das ciências sociais aplicadas, junto aos cursos de administração, ciências contábeis, direito, serviço social, e outros.

Existe diferença entre o trabalho do economista e de um contador?

Ah, por falar em ciências contábeis, é importante destacar que esta é uma área diferente das ciências econômicas. Embora as duas lidem com o mundo financeiro e se encaixem nas ciências sociais aplicadas, o trabalho de um economista se difere bastante do trabalho de um contador.

É papel do economista produzir análises, projeções e desenvolver planos estratégicos de gestão dos recursos financeiros. Por outro lado, o papel do contador é planejar, executar e controlar as operações financeiras presentes no dia a dia da empresa (e nos planos dos economistas responsáveis). Ambos trabalham juntos, mas em funções diferentes. Então um não poderia fazer o trabalho do outro. O mesmo vale para os administradores!

Onde um economista atua?

O mercado de trabalho para uma economia é bastante amplo. De modo geral, os principais empregadores dos profissionais das ciências econômicas são:

  • Setor de investimentos;
  • Setor bancário;
  • Comércio exterior;
  • Setor de agroindústria;
  • Administração pública (na esfera federal, estadual e municipal);
  • Administração privada;
  • Consultoria;
  • Pesquisa econômica; e,
  • Ensino.

O setor privado é o maior campo de atuação dos economistas atualmente. Afinal, esses profissionais são essenciais para o cálculo de viabilidade de investimentos, aplicação ou retirada de recursos e também a rentabilidade de projetos. Seus relatórios auxiliam na tomada de decisões e na promoção do equilíbrio financeiro das instituições e dos seus clientes.

Para além dos bancos, empresas especializadas em investimentos e de outras áreas do mercado, economistas também marcam presença na assessoria de finanças pessoais. E também comentando cenários e projeções econômicas na mídia (televisiva, radiofônica, impressa e digital).

Já no setor público, economistas estão presentes em ministérios e secretarias (estaduais e municipais), além de conselhos e comissões econômicas. O Banco Central, BNDES, bancos públicos, órgãos de regulação, institutos de pesquisa e unidades de inteligência financeira também oferecem espaço para os profissionais formados nesta área. Ah, lembrando que boa parte dos cargos do setor públicos exigem que os profissionais sejam aprovados em concursos públicos, outros são comissionados, isto é, nomeados pela administração em exercício.

Vale ressaltar que, independente do setor em que o economista atua, seu dia a dia de trabalho ocorre em um ambiente de escritório. Além disso, sua atuação ocorre em equipes multidisciplinares, formadas principalmente por administradores, contadores, advogados, dentre outros profissionais da área em que atua.

Como se tornar um economista?

A Lei nº 1.411, de 13 de agosto de 1951 regulamenta a profissão e estabelece que, para se tornar um economista, é preciso concluir a graduação em Ciências Econômicas. E também o registro profissional no Conselho Regional de Economia (CORECON) do estado em que você mora. Na esfera nacional, é o Conselho Federal de Economia (COFECON) que faz a fiscalização dos mais de 230 mil economistas em atuação no Brasil.

Anteriormente chamada simplesmente de Economia, a graduação em Ciências Econômicas tem uma duração média de 4 anos. Nela, os estudantes adquirem conhecimentos em tópicos específicos de: matemática, estatística, história, filosofia, antropologia, sociologia e também de direito. Ou seja, se trata de um curso essencialmente multidisciplinar. Todo esse conhecimento é necessário para entender não só o que uma sociedade precisa produzir para viver bem, mas também como e para quem é preciso produzir.

Mas atenção: embora seja o mesmo curso, existe sim diferença na formação de uma faculdade para outra. Pois uma faculdade pode dar um foco maior para determinada área da economia, o que impacta tanto no direcionamento dos estudos, como na construção da sua carreira. Então, a melhor coisa a se fazer é pesquisar não só quais são as melhores faculdades; mas também qual a grade curricular, quem são os professores e qual o foco de cada uma delas antes de mais nada.

Qual o perfil desejado para um economista?

A formação acadêmica garante o conhecimento teórico e prático generalista necessário para o desempenho das atribuições como economista. No entanto, o perfil desejado desse profissional envolve também diversas habilidades comportamentais. Também conhecidas como soft skills, elas complementam as habilidades técnicas (hard skills), tornando o profissional mais eficiente e produtivo.

Abaixo, listamos as principais características que compõem o perfil desejado para um economista no mercado de trabalho:

  • Ser bom em matemática;
  • Ter senso crítico;
  • Ter raciocínio rápido;
  • Boa habilidade de comunicação (verbal e escrita);
  • Ter capacidades analíticas;
  • Ser dinâmico;
  • Ter perfil colaborativo;
  • Focado em resultados;
  • Ser proativo;
  • Capacidade de conduzir diversos processos simultâneos (multitasking);
  • Ser versátil;
  • Ser organizado;
  • Ter senso de prioridade;
  • Ter senso de responsabilidade e urgência;
  • Comportamento ético;
  • Assumir riscos.

Como crescer e fazer carreira na área da economia?

Embora a graduação seja essencial para adentrar no mercado como economista, os estudos não devem parar por aí! Com um mercado cada vez mais competitivo, é necessário não só experiência profissional, mas também uma formação boa e contínua.

Muitos cargos de economistas plenos e seniores, atualmente, colocam como pré-requisito ou diferencial na contratação pós-graduação stricto sensu (isto é, mestrado ou doutorado). Ou seja, o plano de carreira deve dar bastante enfoque para a formação acadêmica do economista!