As 50 empresas mais inovadoras do mundo em 2021, segundo a BCG

Você sabe quais são as 50 empresas mais inovadoras do mundo?

Anualmente, a Boston Consulting Group (BCG), empresa de consultoria de gestão estadunidense, realiza uma análise de inovação de empresas globais. O relatório Overcoming the Innovation Readiness Gap (“Superando a lacuna de preparação para inovação”, em tradução livre) publicado em abril deste ano, faz uma análise sobre os fatores que levam à inovação e quais são as 50 empresas mais inovadoras do mundo em 2021.

O ranking de inovação de 2021

Para a elaboração da pesquisa, a BCG ouviu 1.500 executivos de inovação global e analisa a performance de cerca de 1600 empresas, levando em consideração quatro aspectos, sendo eles: 1) Global Mindshare, em outras palavras, a visão dos consumidores de todo o mundo sobre aquela empresa; 2) Visão dos pares da indústria, ou seja, a opinião de executivos sobre empresas da mesma área; 3) Disrupção ou Diversidade da Indústria; e, 4) Criação de valor, ou seja, a taxa de recompra de ações da empresa durante um período de 3 anos.

O topo do ranking é dominado pelas gigantes da tecnologia. Segundo o relatório, a Apple é a empresa mais inovadora do mundo, ocupando o primeiro lugar do ranking de 2021. Ela repete a mesma colocação em quase todas as 15 edições do ranking da BCG – somente em 2019 a empresa apareceu em 3º lugar. Em seguida, aparecem a Alphabet (a empresa dona do Google), Amazon e Microsoft. A 5ª colocada é a Tesla, empresa automotiva e de armazenamento de energia criada pelo estadunidense Elon Musk.

No entanto, o destaque deste ano vai para as companhias farmacêuticas, algumas que aparecem pela primeira vez, outras que retornam para o ranking depois de anos ausente.

Empresas como a Pfizer, Moderna, Johnson & Johnson, AstraZeneca, Roche, Merck & Co, dentre outras, foram companhias imprescindíveis para o mundo no combate à pandemia da Covid-19 – tanto no fornecimentos de testes eoutros equipamentos de saúde quanto no desenvolvimento recorde de uma vacina eficaz e na produção em larga escala para entregar estas.

Além disso, outro dado relevante do ranking é o investimento em recursos de e-commerce adotado pelas principais varejistas como a Amazon, Walmart e Target, para lidar com a crescente demanda de pedidos devido ao isolamento social.

Mas, como se mede a inovação nas empresas?

Depois de um ano repleto de mudanças provocadas pela pandemia, muitas empresas mudaram suas prioridades corporativas. Assim, o número de companhias que listou a inovação como uma das suas três prioridades saltou 10 pontos percentuais em 2021 em relação ao ano anterior, chegando em 75% das companhias consultadas.

Esta taxa é a maior desde que o BCG começou a fazer este relatório, em 2005. No entanto, tornar a inovação uma prioridade não necessariamente torna uma empresa realmente inovadora. Afinal, a inovação é um processo complexo que envolve a constante descoberta, criação e transformação.

De acordo com a BCG, uma inovação bem-sucedida exige três coisas:

  • tornar a inovação uma prioridade para a empresa;
  • Comprometer-se com investimentos e talentos; e, por fim,
  • Transformar estes investimentos em resultados reais.

Embora 75% das empresas globais analisadas tenham apontado que a inovação é uma prioridade, o relatório aponta que somente metade delas está realmente investindo em inovação. Em outras palavras, priorizar é um passo importante, mas não basta para causar um impacto real nos resultados da empresa. Isso exige preparação.

O BCG usa várias métricas para avaliar a “preparação para a inovação” de uma empresa, como: o desenvolvimento de talentos e cultura organizacional; a formação de equipes multidisciplinares; sua capacidade de medir seu desempenho; bem como a definição de objetivos e de prioridades.

No entanto, somente 20% das empresas analisadas pela BCG conseguem avançar com a inovação e causar um impacto real atualmente. As empresas que apostam em inovação mesmo em um cenário difícil como o da pandemia mostram que a inovação não deve se restringir às empresas focadas em tecnologia. Na verdade, setores da indústria tradicional, como o varejo, aumentam o seu valor quando priorizam e se comprometem com a inovação.

Para saber mais, leia o relatório completo (em inglês).

As 50 empresas mais inovadoras do mundo de 2021

Mas então, quais são as empresas mais inovadoras do mundo? Confira a lista completa:

  • 1ª: Apple (EUA)
  • 2ª: Alphabet (EUA)
  • 3ª: Amazon (EUA)
  • 4ª: Microsoft (EUA)
  • 5ª: Tesla (EUA)
  • 6ª: Samsung (Coréia do Sul)
  • 7ª: IBM (EUA)
  • 8ª: Huawei (China)
  • 9ª: Sony (Japão)
  • 10ª: Pfizer (EUA)
  • 11ª: Siemens (Alemanha)
  • 12ª: LG (Coréia do Sul)
  • 13ª: Facebook (EUA)
  • 14ª: Alibaba (China)
  • 15ª: Oracle (EUA)
  • 16ª: Dell (EUA)
  • 17ª: Cisco (EUA)
  • 18ª: Target (EUA)
  • 19ª: HP (EUA)
  • 20ª: Johnson & Johnson (EUA)
  • 21ª: Toyota (Japão)
  • 22ª: Salesforce (EUA)
  • 23ª: Walmart (EUA)
  • 24ª: Nike (EUA)
  • 25ª: Lenovo (Hong Kong)
  • 26ª: Tencent (China)
  • 27ª: Procter & Gamble (EUA)
  • 28ª: Coca-Cola (EUA)
  • 29ª: Abbott Labs (EUA)
  • 30ª: Bosch (Alemanha)
  • 31ª: Xiaomi Technology (China)
  • 32ª: IKEA (Holanda)
  • 33ª: Fast Retailing (Japão)
  • 34ª: Adidas (Alemanha)
  • 35ª: Merck & Co Inc. (EUA)
  • 36ª: Novartis (Suíça)
  • 37ª: Ebay (EUA)
  • 38ª: PepsiCo (EUA)
  • 39ª: Hyundai (Coréia do Sul)
  • 40ª: SAP (Alemanha)
  • 41ª: Inditex (Espanha)
  • 42ª: Moderna (EUA)
  • 43ª: Philips (Holanda)
  • 44ª: Disney (EUA)
  • 45ª: Mitsubishi (Japão)
  • 46ª: ComCast (EUA)
  • 47ª: General Electric (EUA)
  • 48ª: Roche (Suíça)
  • 49ª: AstraZeneca (Reino Unido)
  • 50ª: Bayer (Alemanha)

E as empresas brasileiras?

Como você deve ter percebido, o ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo não conta com nenhuma empresa brasileira. Há, na verdade, um predomínio de empresas estadunidenses, que ocupam a maioria das posições do ranking. Em seguida, vem a China com 4 empresas no ranking e Japão, Coréia do Sul e Alemanha com 3 empresas cada.

De acordo com a BCG, a ausência do Brasil – e uma diversidade maior de países no geral – no ranking se deve ao fato de que não a maioria das empresas destes países tem como alvo o mercado local e não global.