Escolaridade no currículo: saiba onde e como colocar no seu

A escolaridade trata-se do período de permanência dos alunos no ensino formal (ou seja, na pré-escola, escola e, posteriormente, na universidade). A cada ciclo cumprido, o aluno alcança um novo nível de escolaridade e lhe é concedido um grau.

No anúncio de emprego, os empregadores quase sempre apontam qual o grau de escolaridade mínimo que se espera de um candidato que concorra à vaga aberta. Em suma, significa que espera-se que os candidatos tenham determinado nível de conhecimento, sejam eles gerais ou específicos sobre a área. Por isso, é essencial apontar a sua escolaridade no currículo – mesmo quando o empregador não especifica a escolaridade esperada.

Mas como colocá-la? Esta é uma dúvida muito frequente, especialmente entre quem está fazendo um currículo pela primeira vez. Neste artigo, respondemos todas as suas perguntas envolvendo a escolaridade no currículo. Confira.

Existe uma ordem específica para colocar a escolaridade no currículo?

Sim! No currículo como um todo, as informações sobre formação e experiência profissional devem aparecer na ordem decrescente. Ou seja, do mais recente para o mais antigo.

Como colocar escolaridade no currículo

Agora é hora de colocar tudo no papel. Mas, além do grau de escolaridade, existem outras informações importantes de se mencionar sobre a sua formação acadêmica, tal como:

  • Nome do curso;
  • Instituição de ensino;
  • Status;
  • Data de início e conclusão (ou previsão); e
  • Detalhes específicos (turno, carga horária, título do trabalho de conclusão de curso, matérias optativas, etc.), se relevantes.

Confira alguns exemplos:

Bacharelado e Licenciatura em Matemática

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) — Belo Horizonte, Minas Gerais

Concluído – 01/2016 a 12/2020.

Matérias optativas: Sociologia da Educação; Tópicos em Ensino de Matemática.

Carga horária total: 2.835 horas

 

Ensino Fundamental II

Colégio Estadual Carolina Maria de Jesus – Feira de Santana, Bahia

Concluído – 02/2013 a 12/2015

 

Técnico em Mecatrônica (integrado ao Ensino Médio)

Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul

Em andamento – 02/2018 a 12/2021

Preciso colocar toda a minha vida escolar no currículo?

Não! Antes de mais nada, tenha em mente que um currículo é um documento breve e objetivo. Idealmente, todas as informações sobre a sua trajetória profissional devem estar contidas em uma página (no máximo duas). Por isso, simplesmente não há espaço para que você conte a sua vida escolar completa.

Além disso, simplesmente não há necessidade para que você faça isso. Pois os graus de escolaridade não são conquistados aleatoriamente, existe uma progressão bem definida que todos os alunos precisam percorrer para alcançar os diferentes graus. Em outras palavras, não dá para fazer (na verdade nem se matricular) num curso de pós-graduação sem antes ter concluído a graduação. E não dá para fazer uma graduação sem antes ter concluído o ensino médio – e assim sucessivamente.

Então só devo colocar o meu grau mais alto? Não necessariamente. Por exemplo, se você possui pós-graduação na sua área de atuação, é interessante mencionar também a sua graduação. Considere sempre se aquele curso é pertinente à vaga que você está se candidatando.

Devo colocar a escolaridade incompleta no currículo?

Esta é uma dúvida muito comum tanto entre aqueles que estão escrevendo seu currículo pela primeira vez quanto aqueles que já têm experiência.

Chamamos de escolaridade incompleta aqueles cursos que ainda não foram concluídos. Ou seja, significa tanto os cursos que ainda estão em andamento (e que o aluno pretende concluir), como aqueles que foram abandonados (e que o aluno não pretende concluir).

Então, colocar ou não colocar? A resposta simples é: depende.

Como já mencionamos, o currículo tem um limite de espaço, então é importante selecionar bem as informações que adicionamos nele. Por isso, reflita se aquele curso que você está fazendo ou abandonou é relevante para a vaga que você está se candidatando.

Caso você decida incluir no currículo, use a mesma estrutura dos outros cursos. Mas, no status coloque “Cursando” para cursos em andamento. E Incompleto para cursos abandonados.

Confira dois exemplos:

MBA em Finanças e Controladoria

Universidade de São Paulo (USP) – Piracicaba, São Paulo

Cursando – 10/2021 a 08/2023

 

Graduação em Ciência da Tecnologia

Universidade Anhembi Morumbi – São Paulo, SP

Incompleto – 02/2019 a 07/2020.

NUNCA minta a sua escolaridade no currículo!

Na tentativa de agradar os recrutadores e se destacar, muitos candidatos decidem incluir detalhes, habilidades ou até mesmo formações que nunca aconteceram. É o caso, por exemplo, de falar que conhece muito bem um assunto no qual teve pouco contato real, é fluente em uma língua que conhece muito pouco e até mesmo possui uma escolaridade maior do que realmente tem.

Afinal, recrutadores são profissionais treinados para identificar o perfil dos candidatos durante um processo seletivo. Isso significa que eles podem perceber mais rápido quando existe algo errado.

Senão durante a triagem de currículos, em algum momento os recrutadores irão perceber que você não possui o conhecimento e as habilidades que diz ter – e irão checar.

Mas, mesmo que você seja contratado, é bem capaz de não conseguir desempenhar bem aquela função e ter o desempenho esperado pela empresa que te contratou.

Então, seja sincero ao escrever o seu currículo e durante todo o processo seletivo. Mentir exige um esforço e atenção muito grande. Então, direcione esta atenção para fazer um bom currículo, destacando os pontos que mais contem ao seu favor como profissional. Ao invés de dizer que já conhece algo, você pode se mostrar interessado e entusiasmado em aprender junto com a empresa.

Isso com certeza contará mais pontos para você durante o processo seletivo.

Esperamos que tenhamos tirado todas as suas dúvidas sobre escolaridade no currículo. Continue acompanhando nossos conteúdos para mais artigos como este sobre vida profissional!