A escolaridade é um dos pontos mais importantes na descrição de uma vaga de trabalho. Ter o nível e a formação desejada é imprescindível para passar nas primeiras análises de um processo seletivo. Por outro lado, ter uma formação que não condiz com as especificações da vaga pode significar uma eliminação rápida do processo seletivo.
afinal, é através do currículo que passamos essas informações pela primeira vez. O currículo é um documento simples e que tem um grande poder: ser a sua apresentação profissional. Ao realizar um processo seletivo, os recrutadores primeiro analisam os currículos dos candidatos e avaliam se eles se encaixam no perfil da vaga disponível.
Assim, se o currículo é a primeira impressão que os recrutadores têm dos candidatos, é essencial saber escrevê-lo bem. E é por isso que neste artigo, vamos te mostrar como escrever uma das partes mais importantes de um currículo: a formação acadêmica. Dessa forma, você poderá mostrar todo o seu potencial desde a primeira impressão e aumentar suas chances de prosseguir na seleção. Confira!
A estrutura do currículo
O currículo é um documento que pretende apresentar um candidato de forma clara e objetiva. Por isso, existe uma estrutura básica nos currículos. Esta estrutura permite uma leitura rápida e fácil dos recrutadores. Dessa maneira, eles identificam as características dos candidatos sem problemas e com agilidade.
Os campos do currículo
- Dados pessoais: onde informa-se seu nome completo e informações de contato, como endereço, telefone e e-mail.
- Objetivo profissional: onde informa-se as expectativas profissionais de forma direta e sucinta. Leva-se em conta a própria formação e experiências prévias e a vaga a que se está candidatando.
- Resumo das qualificações: onde realiza-se uma descrição do profissional. Apresenta-se as principais informações sobre sua carreiras, que aparecem em detalhes em outros campos do currículo.
- Experiência profissional: onde informa-se os cargos ocupados anteriormente pelo candidato. Eles vêm acompanhados sempre do nome da empresa, de um resumo das atribuições e a data de início e de término.
- Formação acadêmica: onde informa-se a escolaridade e as suas especificações. Inclui-se, neste campo, todo tipo de formação importante para a vaga que se está candidatando.
- Formação complementar: onde informa-se cursos de curta ou média duração, mas que não tenham titulação atribuída a ele. São exemplos cursos de aperfeiçoamento, atualização e extensão.
- Habilidades: onde informa-se as competências que o candidato tem e que são interessantes à vaga de trabalho. É neste campo onde são adicionados os idiomas e os níveis de compreensão deles. Além disso, conhecimento sobre softwares e outras habilidades também entram neste campo.
- Informações adicionais: onde informa-se itens que não se encaixam nos campos anteriores. Por exemplo, prêmios, publicações, voluntariado, entre outras atividades pertinentes ao cargo.
Os três últimos campos, podem ser considerados campos opcionais no currículo. Mas os campos iniciais são essenciais e não podem faltar em nenhum currículo! Sem dados, objetivos, resumo, experiência profissional ou formação acadêmica, o currículo fica incompleto.
Logo, o recrutador descartará o documento e as chances do candidato seguir na seleção. Pois isso mostra que o candidato não teve o cuidado de preencher corretamente o seu currículo, algo básico. Em conclusão, considera-se o candidato pouco comprometido.
O que colocar no campo da formação acadêmica no currículo?
A formação acadêmica no currículo fala sobre a escolaridade do candidato. Ou seja, é o campo em que mostra o conhecimento que o candidato tem e que foi adquirido através da educação formal. Este é o principal campo em que os recrutadores olham quando realizam uma pré-seleção de candidatos para entrevistar. Pois se um candidato não tem um nível de instrução condizente com a vaga, ele não se encaixa no perfil profissional esperado.
Dessa maneira, podem ser incluídos no campo da formação acadêmica, todos os níveis da educação básica (ensino fundamental e médio), educação técnica (ensino técnico e tecnólogo) e ensino superior (graduação, licenciatura, pós-graduação lato sensu ou stricto sensu).
Cursos extracurriculares, como de atualização ou difusão, não entram neste campo. Mesmo que tenham certificado. Como já apontamos acima, esses cursos devem aparecer no campo de Formação Complementar.
A ordem dos títulos da formação acadêmica no currículo
Como já mostramos, um bom currículo segue uma estrutura clara e objetiva, que facilita a leitura e o entendimento do recrutador. Por isso, a ordem dos conteúdos inseridos nele também é um ponto de atenção.
Para começar a estruturar o campo de formação acadêmica, lista-se os graus de educação, do mais alto ao mais baixo. Por exemplo, um candidato que possui título de doutor, deve listar primeiro o doutorado, em seguida o mestrado e a graduação.
No entanto, listar os graus de educação não significa necessariamente colocar toda a sua vida escolar no currículo! Dessa maneira, é irrelevante adicionar informações sobre o seu ensino médio quando você já é um profissional com pós-graduação. Esta informação está implícita, já que você precisa ter terminado o ensino médio para prosseguir com a sua educação superior.
Relevância dos títulos da formação acadêmica no currículo
Além disso, só deverão ser apresentados os cursos que tem algum relevância em relação à vaga de trabalho almejada. É um ponto importante para profissionais que fizeram uma mudança de carreira ou que tenha diploma em cursos de áreas diferentes.
Por exemplo: um profissional que tem formação técnica em Química, graduação em Administração. Quando ela manda seu currículo para cargos ligados à gestão empresarial, não é necessário apontar o técnico em Química. Esta informação não é relevante para a vaga. Além disso, ela pode tirar o foco do que realmente importa para aquela vaga: a formação administrativa.
Outro ponto importante é sobre o ano de realização destes cursos. Afinal, um curso pode ser muito atualizado na época em que é feito, mas depois de alguns anos ele se mostra ultrapassado.
Adicionar cursos antigos é interessante para mostrar a sua trajetória educacional. Mas, pode ser um sinal de desatualização, se não tiverem cursos mais recentes sobre o assunto. Por isso, é importante levar em consideração a relevância destas informações para a vaga de trabalho e a objetividade do currículo. Afinal, este é um documento essencialmente sucinto. Adicionar informações demais pode trazer mais malefícios do que benefícios aos olhares do recrutador.
A formatação correta deste campo no currículo
Depois da estrutura, é importante ficar atento à como escrever cada item da formação acadêmica. A formatação de cada item da formação acadêmica no currículo deve seguir as seguintes diretrizes:
- Nome do curso;
- Instituição de ensino;
- Status;
- Data de início e conclusão (ou previsão); e
- Detalhes específicos (turno, carga-horária, título do trabalho de conclusão de curso, matérias optativas, etc.), se relevantes.
Abaixo, apresentamos as mesmas informações sobre a formação acadêmica, mas de duas formas diferentes: uma errada e outra correta.
Errado:
Bacharel em psicologia pela PUC-SP. Cursando MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
Correto:
MBA em Gestão Empresarial
Fundação Getulio Vargas, FGV (Cursando 2º semestre, noturno)
1/2020 a 12/2020
Bacharelado em Psicologia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP
1/2014 a 12/2018
Confira outro exemplo:
Errado:
Cursando Matemática (Bacharelado e Licenciatura) pela UFMG, com previsão de conclusão para 2021.
Correto:
Bacharelado e Licenciatura em Matemática (cursando)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) — Belo Horizonte, Minas Gerais
Matérias optativas: Sociologia da Educação; Tópicos em Ensino de Matemática.
Carga-horária total: 2.835 horas
Conclusão prevista: 12/2021
Esperamos ter tirado suas dúvidas sobre como preencher o campo da formação acadêmica no currículo! Agora, reúna as suas informações e preencha esse campo de forma clara e objetiva. E não se esqueça de manter o seu currículo sempre atualizado!