Horários de maior produtividade: como identificá-los e otimizar o seu dia

Imagina só conseguir realizar todas as suas tarefas com o máximo do seu entusiasmo e concentração. As dificuldades simplesmente não existiriam e você conseguiria dar conta de todas as suas responsabilidades e muito mais. Esse cenário seria ideal, mas infelizmente não reflete a realidade.

O que todo mundo enfrenta, no entanto, são momentos distintos onde temos energia moderada, muita energia e pouca energia para realizarmos nossas tarefas. Se, no ponto máximo de energia até o que era difícil parece estranhamente fácil de fazer, durante o mínimo tudo parece impossível. Nesses momentos, precisamos dar uma volta, sair da mesa de trabalho e buscar alternativas para recuperar o ritmo. Pois forçar a barra e tentar a produzir algo nesse momento certamente levará à falha, perda de tempo e à muita frustração.

Saber identificar os seus horários de maior produtividade é um passo importante para trabalhar de forma inteligente. Pois, dessa forma você conseguirá diminuir o estresse e aumentar a qualidade e também a quantidade do seu trabalho.

Neste artigo, vamos te ajudar a identificar quais são os seus horários de maior (e também de menor) produtividade e otimizar o seu dia de trabalho.

Confira!

Entendendo nossos ciclos 

A Terra demora 24h para dar a volta no seu próprio eixo. Este é um exemplo de ciclo natural que estamos não só acostumados, mas que também afeta diretamente as nossas vidas. Pois é através dele que temos a separação entre o dia e a noite, ou entre a luz e a escuridão, que influencia diretamente na forma como vivemos.

Pois esse “relógio biológico” determina não só nossos períodos de sono e vigília, mas também estabelece momentos em que estamos mais alertas e produtivos. De acordo com os estudiosos, um dia circadiano (24h) é formado por ciclos ultradianos, que correspondem a períodos de maior produtividade que duram de 90 a 120 minutos cada.

Ah, aqui vale um adendo: ainda que estejam presentes na vida de todos, esses momentos não acontecem ao mesmo tempo para todo mundo. Assim, o seu momento de produtividade pode ou não corresponder ao momento de produtividade do seu colega de trabalho, por exemplo.

Se tivéssemos que desenhar esse ciclo, ele seria como uma montanha russa: no começo, há mais energia e foco até que eles atinjam o seu topo. É nesse ponto em que temos nossa maior produtividade e devemos dedicar às tarefas e projetos mais desafiadores e complexos. Depois, o nível de energia e foco começa a cair, até chegar ao cume. Nesse momento, começamos a nos sentir cansados e dispersos, como resultado as tarefas parecem mais difíceis, senão impossíveis, de serem feitas. Esse é o momento para realizar as clássicas tarefas de rotina, que você não precisa pensar muito para realizar.

No entanto, o ciclo não para. Isso significa que, aos poucos, começamos a ganhar energia novamente e atingirmos o topo da nossa produtividade mais uma vez.

Como identificar os seus horários de maior produtividade do seu ciclo ultradiano

Identificar os seus horários de maior produtividade não é uma tarefa difícil. Mas pode exigir um pouco de paciência, pois não é algo que se faz em um único dia.

A ideia é monitorar ao menos 3 semanas completas do seu trabalho, sistematizar os dados e então chegar a uma conclusão. A ideia é simples e demora menos de 1 minuto para ser feita: monte uma planilha com todos os dias e dedique uma seção para cada hora do seu expediente. Nela, crie três categorias: Energia, Foco e Motivação. A ideia é que, a cada hora de trabalho você atribua uma nota de 0 a 10 para cada uma dessas categorias.

No final da semana, crie uma linha adicional e insira uma fórmula de média numérica de cada categoria.

No início pode até parecer estranho ou impreciso dar uma nota para cada hora do seu dia. Mas com o passar dos dias vai ficando mais fácil. Afinal, a partir do momento em que você começa a observar com mais atenção, você pode fazer comparações com outros momentos do seu ciclo.

Mas evite ficar fazendo alterações nas suas notas ou perder tempo pensando muito. Geralmente a primeira nota que vem na sua cabeça é a mais apropriada para aquele momento. Se você sentiu que aquele momento merecia um 10, não pense duas vezes antes de colocar a nota.

Analisando os dados e descobrindo tendências

Com mais dados sistematizados, a partir da segunda semana você já poderá fazer algumas comparações e observar as coincidências de algumas notas. E, a partir da terceira, algumas tendências ficam mais evidentes. Com elas, você já pode começar a rearranjar a sua agenda e deslocar as tarefas mais complexas para as horas mais produtivas do seu dia. Além de programar um descanso (sem peso na consciência!) nos momentos menos produtivos. E, é claro, ver a diferença que isso vai fazer no seu ritmo de trabalho.

No entanto, não pare por aí! Nossa recomendação é que você não limite seu monitoramento a somente três semanas. Continue atribuindo as notas por mais tempo, pois, com isso você terá dados mais confiáveis e detalhados sobre o seu ciclo de produtividade. Como, por exemplo, identificar também quais são os dias que você é mais produtivo e também quando há mudanças no seus ciclos ultradianos.