IBGE divulga dados de pesquisa sobre o desemprego em 2019

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou hoje (31) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) sobre o contingente de desocupação no país. 

Os números

Segundo a pesquisa, a taxa média de desocupação, ou seja, de pessoas desempregadas, caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019. Isso significa 12,6 milhões de desempregados. Apesar de ter caído em relação ao ano anterior, o número representa um aumento de 87,7% de desempregados em 5 anos, quando o número era de 6,8 milhões. A média anual de pessoas desalentadas também cresceu 1,4% em relação a 2018.

Entre os grupos de trabalhadores, os setores com expansão de contratação foram de: Alojamento e Alimentação, com alta de 3,7% no ano, no entanto, é o setor com maior índice de trabalho ambulante; Transporte, representando 4,6% de expansão, principalmente devido à expansão da categoria de transporte de passageiros (Taxi, Uber, 99, Cabify, entre outros); Informação e Comunicação, com 4,1% de expansão, o setor destaca-se por manter-se em expansão por três anos consecutivos. 

A Agricultura e Indústria manteve seu número de trabalhadores estável e a Construção Civil apresentou uma leve recuperação após a redução de contingente entre 2012 e 2018. 

O maior aumento registrado do número de empregos em 2019 ocorreu no quarto trimestre do ano, entre outubro e dezembro. Neste momento, aumentou o número de trabalhadores com carteira assinada, enquanto o número de trabalhadores informais permaneceu estável. 

A informalidade

Apesar da queda de 1,7% da média de desocupação, o número de trabalhadores sem registro na carteira ou que trabalhe por conta própria sem CNPJ atingiu sua maior média em 4 anos. O estudo constatou também que 41,1% da força de trabalho atualmente vem de trabalhadores informais.

No setor privado, o número de trabalhadores sem carteira assinada chega a 11,6 milhões, com um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. Comparado com os dados desde 2012, quando o IBGE começou a coletar dados sobre o assunto, o número é o maior atingido até o momento. 

Já aqueles que trabalham por conta própria, também atingiram a maior número da média desde 2012. O número chegou a 24,2 milhões de trabalhadores por conta própria. Outro detalhe importante para ser observado é que deste número, cerca de 19,3 milhões não tem registro de CNPJ. 

Para saber mais sobre os números completos e a análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, acesse a apresentação completa em pdf no site do IBGE.