O Poder do Hábito: 6 lições que aprendemos com o livro

Você já notou que os nossos hábitos são peça central em tudo o que fazemos e até na maneira como pensamos? Em “O Poder do Hábito: Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios”, o repórter Charles Duhiggs traz à tona uma nova perspectiva sobre a natureza humana: a forma como vivemos, as escolhas que tomamos e como podemos transformar tudo isso. Para o autor, entender como os hábitos funcionam é a chave para ter sucesso em qualquer aspecto da vida.

Neste artigo, vamos apresentar 6 lições que aprendemos com este best-seller. Confira!

Afinal, porque temos hábitos?

Duhiggs explica que o nosso cérebro acha mais fácil repetir ações do que criar uma nova ação sempre. Afinal, se o nosso cérebro tivesse que criar novas ações todo dia, dificilmente teríamos energia para realizar todas as tarefas que realizamos normalmente. Criar demanda muita energia. E o nosso cérebro está sempre em busca de reduzir esforços.

Por isso temos hábitos, que são nada mais do que a repetição de determinadas ações no nosso cotidiano, que nos tornamos tão acostumados a elas que na maioria das vezes nem precisamos pensar para executá-las.

6 lições que aprendemos com “O Poder do Hábito”

1. O looping dos hábitos

Não poderíamos falar sobre as lições que aprendemos em O Poder do Hábito sem falar sobre o próprio funcionamento dos hábitos. No livro, Duhiggs introduz a ideia de que os nossos hábitos funcionam em looping, ou seja, num ciclo que se repete, se retroalimentando. Este looping é formado necessariamente por três etapas interligadas – a primeira se liga na segunda, que se liga na terceira que se liga na primeira…. Sendo elas:

  1. Primeiramente, um gatilho ou uma “deixa” desencadeia determinada ação a partir de respostas ou escolhas semelhantes já tomadas em situações parecidas. Duhiggs aponta que quase todos os gatilhos são desencadeados por um dos seguintes motivos: a) localização; b) tempo; c) estado emocional; d) outras pessoas; e, e) a ação anterior.
  2. Em seguida, passamos a repetir esta ação frequentemente no nosso cotidiano. Cria-se, assim, uma rotina. 
  3. Por último, um hábito se estabelece a partir da recompensa positiva que recebemos após executar aquela ação. Neste ponto, há um elemento fundamental que alimenta o hábito: o desejo pela recompensa.

Ao compreendermos os hábitos como uma ação repetitiva composta por estas três etapas, podemos começar a reconhecer cada uma delas no nosso próprio dia a dia. E também entender porque algumas ações não se tornam hábitos: pois a ausência de uma destas três etapas do loop impede a formação do hábito.

2. Nosso cérebro não diferencia hábitos bons e ruins

Nem todos os hábitos que criamos são bons. Você com certeza pode apontar um hábito que não considera muito saudável na sua rotina – como fumar, consumir muito álcool, café ou junk food, por exemplo.

Nosso cérebro, no entanto, não faz distinção entre bom ou ruim quando se trata de criar um hábito e colocá-lo no modo automático. Ele está mais interessado em receber uma recompensa positiva sempre que um gatilho é acionado. Esta é a explicação de Duhiggs à dificuldade das pessoas em criarem hábitos mais saudáveis como fazer exercícios físicos diariamente, por exemplo.

3. Hábitos não desaparecem…

Os hábitos, uma vez que foram criados, ficam codificados na estrutura do nosso cérebro, o que faz com que muitas vezes não precisamos pensar para executá-lo.

Por um lado, esta é uma vantagem, já que não precisamos reaprender a fazer tarefas cotidianas e podemos economizar energia. Por outro, é uma desvantagem. Pois isso faz com que dificilmente possamos nos livrar de um hábito.

4. …Mas podemos mudá-los!

O fato de que não podemos nos livrar totalmente de um hábito, no entanto, não significa necessariamente que não podemos mudá-lo. Um ponto importante que  Duhiggs observou durante a sua pesquisa é que para mudar um hábito, precisamos reprogramá-los em uma nova rotina. De modo que a rotina ou a ação que liga a recompensa ao gatilho se altere.

Em outras palavras, significa entender qual o gatilho que te faz realizar aquela ação e qual a recompensa que faz com que você continue repetindo-a. Em seguida, fazer uma mudança na sua ação ou rotina, de modo que você ainda assim consiga uma recompensa positiva para aquele gatilho.

Para isso, você irá precisar identificá-los e observar as etapas dos seus loops. Dessa forma, você poderá procurar maneiras de substituir o seu hábito ruim por uma rotina mais saudável.

5. Mudanças de hábitos impacta em diferentes áreas da nossa vida – até mesmo em outros hábitos

O livro também traz exemplos do impacto que a mudança de hábitos ruins tiveram em diferentes áreas da vida das pessoas. Afinal, alguns hábitos podem até parecer que estão ligados somente a uma área da nossa vida, mas na verdade desencadeiam uma série de consequências em outras áreas.

É o caso dos exercícios físicos, por exemplo. Quando nos exercitamos com frequência obtemos uma série de benefícios para a nossa saúde, que influencia a nossa disposição no trabalho. Ao mesmo tempo, incorporar uma rotina de exercícios também pode te levar a criar novos hábitos, como preferir refeições saudáveis e beber mais água.

6. Não são só as pessoas que têm hábitos

Da mesma forma que nós precisamos de hábitos para viver, organizações também são compostas por hábitos. Líderes devem cultivar bons hábitos entre os seus funcionários para criar um ambiente de trabalho saudável e obter bons resultados. E, quando há hábitos ruins, saiba que as coisas podem ser transformadas a partir de uma análise da cultura do ambiente.