Renda bruta: como calcular para quem trabalha CLT ou como autônomo

A renda bruta pode ser uma informação requerida em diversas situações. Seja na hora de abrir uma conta, requerer crédito ou financiamento privado ou público. Por isso, saber informar a renda bruta e comprová-la é essencial. Neste artigo, vamos falar o que é renda bruta e como calculá-la, dependendo da sua fonte de renda. Confira!

O que é a renda bruta?

Renda bruta corresponde à todo dinheiro recebido por um trabalhador em um período de um mês. É a soma do salário ou renda autônoma, do aluguel, da pensão alimentícia, da previdência social (pública ou privada), entre outras fontes de renda.

Ou seja, a renda bruta é todo o dinheiro recebido mensalmente com que uma pessoa poderá garantir a sua moradia, alimentação, educação e lazer.

Como calcular a renda bruta individual

Para os trabalhadores empregados em regime CLT, a renda bruta é uma informação de fácil acesso. Ela pode ser encontrada no informativo de pagamento como o valor nominal do salário, sem considerar os descontos.

Por exemplo, um trabalhador tem um salário de R$1.700,50 e tem um total de descontos de R$353,50. A sua renda bruta corresponde ao seu salário de R$1.700,50. Mas, supondo que ele ainda possui benefícios adicionados ao seu holerite que somam R$196,00. O valor deles pode ser incluído na renda bruta, desde que a instituição considere que os benefícios fazem parte da composição da renda. Neste caso, a sua renda bruta é de R$1.896,50.

Já para os trabalhadores autônomos, a renda bruta é um cálculo médio da renda correspondente a determinado período. A depender de cada situação onde a renda bruta é solicitada, o período para o cálculo da médio da renda bruta será maior ou menor. Assim, o cálculo é feito somando todas as rendas correspondentes e dividindo elas pelo período solicitado.

Por isso, é importante manter os comprovantes organizados e bem guardados para conseguir apresentá-los quando necessário.

E vale lembrar que no caso de existir alguma outra fonte de renda mensal fixa, ela deve ser adicionada à renda bruta. Por exemplo, um trabalhador que tem um salário de R$2.100,00 e recebe R$500,00 pelo aluguel de um imóvel. A sua renda bruta será de R$2.600,00.

Da mesma forma, os aposentados cuja única fonte de renda é a sua previdência social devem considerá-la a sua renda bruta.

E a renda bruta familiar?

A renda bruta familiar ou renda per capita nada é a renda mensal correspondente a cada pessoa da família. O seu cálculo é feito assim: a renda bruta dos trabalhadores da família é somada e dividido pelo número de pessoas da família.

Por exemplo, em uma família composta por três pessoas, onde duas delas trabalham. A renda bruta familiar será calculada através da soma dos dois salários dividido por três, o número de pessoas na família. No caso de uma família composta por duas pessoas que trabalham, o cálculo é feito a partir da soma dos dois salários divididos por 2.

Já para uma família de cinco pessoas, onde duas delas trabalham e possuem um imóvel alugado para outra família. Um do trabalhadores recebe um salário de R$2.150,00 enquanto o outro R$1.800,00. O valor do aluguel pago para a família é de R$850,00. O valor somado da renda da família é R$4.800,00 e que corresponde a R$960 de renda familiar bruta.

Quando a renda bruta é solicitada?

A renda bruta é requerida anualmente na declaração de Imposto de Renda (IR). Mas pode ser solicitada também em outras situações onde um cidadão precisa comprovar a sua renda ou da sua renda familiar.

Ela é utilizada por exemplo, para a obtenção de empréstimos ou financiamentos com bancos. É através da análise da renda bruta de um cliente que a instituição analisa se ele tem condições de pagar a dívida que está contraindo. Dessa forma, ela evita possíveis prejuízos com a liberação de créditos.

A renda bruta também é colocada na análise socioeconômica de programas sociais governamentais, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Programas como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, por exemplo, possuem requisitos em que as famílias precisam se encaixar para receberem o benefício.

Os programas de bolsas de estudo do PROUNI, PRONATEC e o financiamento estudantil do FIES também dependem da renda bruta para serem liberados.

Outro exemplo de situações onde a informação da renda bruta é importante são as isenções de taxa de inscrição do ENEM e de Concursos Públicos.