Poupança: rendimento tem queda em 2019 e deve manter baixa em 2020

Após três anos de alta, 2019 foi o primeiro ano em que o rendimento da poupança foi menor do que a inflação divulgada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O desempenho do ano foi o pior desde o Plano real, com o valor de rentabilidade em 4,26%, enquanto o valor da inflação chegou a 4,31%.

Para 2020, a previsão é que o rendimento da poupança continue em baixa. Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, caso os juros básicos não mudem, a poupança renderá somente 3,15%. 

Com as chances de perder dinheiro em 2020, muitos investidores buscam alternativas.

Alternativas à Poupança

A principal preocupação dos investidores deve ser encontrar formas de não perder dinheiro para a inflação. A busca por outros investimentos deve ser feita com cautela. 

A poupança é conhecida como um investimento seguro e de fácil acesso para a maior parte da população. Além de ser isenta de taxas e tributos e ela permite saques e resgates imediatos, direto na conta corrente. 

As aplicações de renda fixa disponíveis para os investidores possuem tributos e condições específicas de resgate. Para os investidores que optarem por migrarem para outras aplicações precisam ficar atentos aos prazos para deixar o dinheiro rendendo, as datas de resgate, cobranças de impostos e eventuais taxas administrativas. 

Fundos de Investimento

Uma alternativa para aqueles que querem migrar o seus investimentos da poupança são os Fundos de Investimento. Eles funcionam a partir de recursos aplicados de um conjunto de pessoas no mercado financeiro ou mercado de capitais. Os recursos aplicados nos Fundos possuem objetivos específicos e políticas pré-definidas. 

Pensando nos riscos do investimento, eles dependem muito do tipo de fundo que é investido, podendo ter maior ou menor risco. No entanto, ele possui uma vantagem: os recursos aplicados pelos investidores são depositados em uma estrutura separada do gestor do fundo. Por isso, se ocorrer algum problema com as instituições, o dinheiro aplicado está protegido. 

Tesouro Direto

Outra opção de investimento são os títulos do Tesouro Direto. O Tesouro Direto é um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, que permite que pessoas físicas compre títulos públicos. É um tipo de investimento considerado seguro e com rendimento estável, com liquidez diária. Além disso, pode ser acessada por diversas camadas da população, já que seus títulos custa a partir de R$30,00.

Possui três categorias de títulos em relação aos seus valores de rendimento: os pré-fixados (com valores de rendimento definidos no momento do investimento), pós-fixados (valores de rendimento disponíveis no momento do resgate) e híbridos (parte dos valores são definidos no momento do investimento e outra parte depende da variação da inflação no período investido). 

O Tesouro Selic (LFT) é um tipo de investimento pós-fixado que vem chamando a atenção de novos investidores nos últimos anos. Sua taxa de rendimento varia de acordo com a taxa básica de juros básico da economia, tendo poucas oscilações de valores. Outro ponto interessante da Selic é a sua liquidez diária.