Desemprego atinge taxa de 11,6% no último trimestre, segundo IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (31) os dados coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), sobre o contingente de desocupação no país nos últimos 3 meses.

Desemprego cresce em relação ao trimestre anterior

A taxa de 11,6%, correspondente a 12,343 milhões de trabalhadores, cresceu em relação ao trimestre anterior (de setembro a novembro), que apresentou uma taxa de 11,2%. As pesquisas trimestrais da PNAD Contínua vinham demonstrando queda no desemprego, no entanto, o crescimento da taxa nos últimos três mese ainda é menor do que o mesmo período de 2019, quando o número chegava a 12,4%.

O aumento de 0,4 pontos percentuais, no entanto, não é um efeito do Coronavírus na economia, mas da dispensa dos funcionários temporários contratados para o período de vendas de final de ano. Além disso, o setor da construção civil, que vinha crescendo nos últimos meses, teve um queda de 4,4%, nas contratações. A administração pública, que teve queda de 2,3% e o serviço doméstico, com queda de 2,4%, também impactaram diretamente a taxa de desocupação. No entanto, estes dois setores tinham a queda de contratação já prevista, visto que é neste período do ano onde ocorrem a maior dispensa de empregados domésticos por conta das férias e o fim dos contratos temporários com prefeituras. A retomada dos contratos da administração pública é marcada sempre a partir de março, após a aprovação dos orçamentos municipais. 

Empregos formais e informais

No trimestre de setembro a novembro de 2019, o número de trabalhadores com carteira assinada registrou alta de 2%. Já neste último trimestre, o crescimento foi de 0,6% em relação ao anterior. Um crescimento sutil, mas que representa mais 204 mil pessoas entre os trabalhadores que possuem carteira assinada. Ao todo, o número chegou a 33,6 milhões de trabalhadores formais. 

Já a informalidade, que chegou a uma taxa de 41,1% no trimestre de setembro a novembro de 2019, teve também uma leve queda, chegando em 40,6%. Embora a taxa tenha caído, ela ainda representa cerca de 38 milhões de trabalhadores que não possuem carteira assinada ou que trabalhem por conta própria sem CNPJ.