Há quem considere que ser chamado de workaholic (termo inglês que significa viciado em trabalho) é um elogio. Mas isso acontece porque muitas pessoas acreditam que ser um viciado em trabalho é a mesma coisa que ser uma pessoa dedicada ou que se dedica muito e tem foco na sua vida profissional e isso faz dela um profissional melhor. No entanto, ser um workaholic é muito mais do que isso. É um comportamento compulsivo e que pode trazer muitas consequências negativas para a vida de uma pessoa.
Neste artigo, vamos falar sobre quais são as características de um viciado em trabalho e alguns caminhos para sair deste ciclo. Confira!
Quais são as características de um viciado em trabalho?
1. O primeiro a chegar e último a sair
Você é conhecido como aquela pessoa que está sempre no escritório, que não se atrasa e sempre está disposto a ficar um tempo a mais depois do expediente para terminar o trabalho.
2. Leva o trabalho para casa
Assim como ficar mais tempo no escritório depois do expediente, levar trabalho para casa não é um problema para você. Independentemente de ser no escritório, em casa ou em outro local, o trabalho não pode esperar.
3. Está sempre pensando em fazer mais
As tarefas atribuídas para você não parecem ser o suficiente para preencher o seu dia e demonstrar que você é um profissional comprometido com o seu trabalho. Assim, você nunca está satisfeito com o trabalho que faz. Por isso, você está sempre pensando em como fazer mais e diz sim para todas as tarefas que surgem pelo caminho, mesmo que envolvam atribuições que não são compatíveis com o seu cargo.
4. Não consegue mais se dedicar à família e amigos
O trabalho se tornou a sua vida e isso tem feito com que você perca o interesse em realizar outras atividades ou até mesmo passar o tempo com a sua família e encontrar os amigos. Assim, as suas relações sociais ficam reduzidas aos seus colegas de trabalho.
5. Não se considera um viciado em trabalho
Se alguém disser que você é um workaholic, você irá negar no mesmo instante e justificar o seu comportamento dizendo que você é só um profissional dedicado à sua carreira. Os efeitos colaterais do vício em trabalho não te incomodam tanto, mesmo que no fundo você se sinta esgotado física e emocionalmente.
Como sair deste ciclo de vício no trabalho?
1. Entenda a si mesmo como um viciado em trabalho
Como falamos anteriormente nas características de um viciado em trabalho, é muito comum que uma pessoa que tenha este tipo de comportamento não se veja desta forma. Para ela, tudo pode ser justificado como uma dedicação à sua carreira, como uma forma de se destacar entre os colegas de trabalho e até mesmo de chegar mais próximo de uma promoção. Depois, ela vai relaxar, passar mais tempo com a família, reencontrar os amigos e mudará a sua vida. Porém, como vimos, isso pode não ser tão fácil e o comportamento acabar se tornando normalizado ou ficar ainda mais intenso. Por isso, entender o próprio comportamento como o de um viciado em trabalho é o primeiro passo.
2. Busque ajuda profissional de um psicoterapeuta
Outro passo importante para se tomar no caso de um vício em trabalho, é buscar uma ajuda profissional. Com a ajuda de um psicoterapeuta (em uma das diversas abordagens existem), será possível investigar os motivos que levaram você a se fechar no seu trabalho e encontrar formas e caminhos possíveis para mudar esta realidade.
3. Procure um grupo de apoio
Você conhece outras pessoas viciadas em trabalho? Pode até parecer que elas não existem e que o seu caso é isolado porque o assunto ainda é muito pouco discutido no ambiente corporativo e entre o público em geral. Mas acredite, elas existem e conhecer as suas histórias (e compartilhar as suas) podem ser uma boa forma de entender melhor sobre o assunto e como vencer o vício em trabalho.
Já existem grupo de apoio à viciados em trabalho, que se baseiam na estrutura do Alcoólicos Anônimos. Embora ainda sejam poucos e sejam pouco divulgados, pode ter um perto de você.
4. Adote um planejamento mais saudável para o seu trabalho
Para conseguir quebrar o ciclo do vício em trabalho, é preciso fazer alterações diretamente na fonte do problema: o seu cotidiano no trabalho. Tenha em mente quais são as suas atribuições e tarefas que precisam se cumpridas e quais são aquelas que não estão sobre a sua responsabilidade; cuide dos seus horários, seja na entrada e saída do expediente, mas também nas pausas para lanche e no horário de almoço; execute as suas tarefas se concentrando em uma coisa de cada vez, sem deixar que um assunto atropele o outro – neste sentido, as listas de tarefas são muito bem-vindas!