Quais são as 10 melhores cidades para se viver no Brasil?

O local onde se vive tem bastante influência na nossa qualidade de vida. Um local com boa qualidade na infra-estrutura, segurança, educação, saúde pode fazer da vida mais tranquila.

Neste post, vamos falar o que é levado em conta ao avaliar a qualidade de vida em uma cidade. Além disso vamos te mostrar quais são as 10 melhores cidades para se viver no Brasil.

Como se mede o desenvolvimento de um local?

Considera-se Desenvolvimento Humano o processo de ampliação da liberdade da população. Está relacionado às suas capacidades e oportunidades de viverem da forma como desejarem. Isso acontece a partir das dinâmicas sociais, econômicas, políticas e ambientais do local onde vivem.

O conceito de Desenvolvimento Humano foi apresentado pela primeira vez em 1990. Ele aparece no Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), realizados pelos economistas Mahbub ul Haq e Amartya Sen. O relatório foi apresentado na Organização das Nações Unidas (ONU) como uma forma alternativa de medir o desenvolvimento dos países do globo. Nesta época, o Produto Interno Bruto (PIB) era a principal forma de medir desenvolvimento. Assim, em 1993, a ONU passou a utilizar a metodologia proposta para compor o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O IDH é composto pela média numérica de três indicadores. São eles: longevidade (expectativa de vida da população local); Educação (taxa de matrícula e alfabetização) e Renda (PIB per capita). Cada um destes indicadores são avaliados e podem ser classificados numa escala de 0 a 1, onde 0 é muito baixo e 1 é muito alto. Dessa maneira, ele pode ser dividido em cinco faixas de desenvolvimento humano, como pode ser visto abaixo:

  • Muito Alto: 0,800 – 1,000
  • Alto: 0,700 – 0,799
  • Médio: 0,600 – 0,699
  • Baixo: 0,500 – 0,599
  • Muito Baixo: 0,000 – 0,499

No final de 2019, o ranking divulgado pela ONU apontou o Brasil na posição 79, com uma média de 0,761. A posição é uma abaixo do ranking anterior, divulgado em 2018, quando o Brasil ocupava a posição 78, com média de 0,760.

A classificação das melhores cidades brasileiras

Em relação à avaliação das cidades brasileiras, utiliza-se um método semelhante. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), é baseado nos três indicadores do IDH, mas numa escala municipal. Ele passou a avaliar 5.565 municípios brasileiros em 2012 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Fundação João Pinheiro (FJP) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-Brasil), da ONU.

A metodologia da avaliação do IDH em países, aplicada em municípios pode ajudar a contar a história e o desenvolvimento das cidades, estados e regiões brasileiras. Isso acontece porque os números do índice são retirados dos Censos Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em três momentos diferentes: 1991; 2000 e 2010.

Outro ponto importante é que o IDHM é um contraponto ao índice do Produto Interno Bruto (PIB). O PIB avalia somente o crescimento econômico local e do país. Enquanto o IDHM permite uma visão de desenvolvimento a partir das pessoas. Ou seja, avaliando o acesso ao conhecimento, o padrão de vida econômico e a qualidade de vida da população de determinado local.

Quais são as melhores cidades para se viver no Brasil segundo os índices

Em 2012, a partir dos dados do Censo Demográfico de 2010, 5.565 municípios brasileiros foram analisados para calcular o IDHM. O índice foi divulgado em formato de ranking. Nele, é possível não só conferir a classificação das cidades, mas também os valores de cada indicador separadamente.

E vale lembrar que, como são elaborados a partir dos dados dos Censos Demográficos, a classificação do IDHM são relativos ao último censo, realizado em 2010. Devido à pandemia do Coronavírus, o Censo que seria realizado em 2020 foi adiado para 2021, o que pode atrasar a análise do IDHM também.

Confira agora quais são as 10 melhores cidades para se viver no Brasil e que estão no topo do ranking do IDHM:

1) São Caetano do Sul (SP)

Renda: 0,891 |Longevidade: 0,887 |Educação: 0,811 |IDHM geral: 0,862 (Muito alto)

Considerada a melhor cidade para se viver no país de acordo com o índice IDHM. São Caetano do Sul faz parte da região conhecida como ABC Paulista, que compreende também Santo André e São Bernardo do Campo. Segundo o IBGE, a cidade possui uma extensão de 15,3km² e cerca de 161.127 habitantes. Em relação à economia, atualmente ocupa a posição 89 do ranking do PIB per capita do país.

2) Águas de São Pedro (SP)

Renda: 0,849 |Longevidade: 0,890 |Educação: 0,825 |IDHM geral: 0,854 (Muito alto)

Outra cidade do estado de São Paulo no topo do ranking de melhores cidades para se viver é Águas de São Pedro. Localizada no interior do estado, o município pertence à microrregião de Piracicaba. Sua extensão é de somente 3.612 km², sendo assim o menor município brasileiro em extensão territorial. Sua população é estimada em 3.521 pessoas pelo IBGE. A economia do município é exclusivamente voltada ao turismo. Elas se concentra especialmente para as suas estancias hidrominerais, de valor terapêutico. Seu PIB per capita ocupando a posição número 668 no ranking nacional.

3) Florianópolis (SC)

Renda: 0,870 |Longevidade: 0,873 |Educação: 0,800 |IDHM geral: 0,847 (Muito alto)

Primeira capital a aparecer no ranking, a ilha de Florianópolis é também uma das principais cidades turísticas do país. Possui uma extensão de 674,844 km² e população estimada em 508.826 pessoas. Sua economia é baseada no turismo por conta das suas praias e monumentos histórico. Outra área que tem crescido na cidade é a tecnologia da informação. O seu PIB per capita ocupa a posição 47º no ranking nacional.

4) Balneário Camboriú (SC)

Balneario camboriu

Renda: 0,854 |Longevidade: 0,894 |Educação: 0,789 |IDHM geral: 0,845 (Muito alto)

Outro município do litoral de Santa Catarina, Balneário Camboriú ocupa a 4º posição no ranking de melhores cidades para se viver no Brasil. Sua extensão territorial é de 45,214 km² e a sua população é de 145.796 habitantes. É também uma cidade turística e conhecida por suas festas. Em 2012, foi considerada a “a capital da música eletrônica” do país pela revista Forbes. Seu PIB per capita ocupa o 250º lugar no ranking nacional.

5) Vitória (ES)

Renda: 0,876 |Longevidade: 0,855 |Educação: 0,805 |IDHM geral: 0,845 (Muito alto)

Segunda melhor capital para se viver e a primeira da região sudeste. Vitória vem ganhando mais destaque entre as melhores cidades para se viver no país. O município é constituído majoritariamente por um arquipélago e a maior parte dos seus 97,123 km² pertencem à Ilha de Vitória. Sua população é de 365.855 pessoas e o seu PIB ocupa a posição 237 no ranking nacional.

6) Santos (SP)

Renda: 0,861 |Longevidade: 0,852 |Educação: 0,807 |IDHM geral: 0,840 (Muito alto)

Mais uma cidade litorânea no ranking, desta vez no estado de São Paulo. Conhecida rota comercial na história do país, Santos abriga o maior porto da América Latina. Por sua importância econômica, ocupa a posição 48 no ranking do PIB per capita do país. Tem 281,033 km² de extensão e uma população de 433.656 pessoas.

7) Niterói (RJ)

Niteroi

Renda: 0,887 |Longevidade: 0,854 |Educação: 0,773 |IDHM geral: 0,837 (Muito alto)

Niterói é um município litorâneo e um dos principais centros financeiros, comerciais e industriais do estado do Rio de Janeiro. Com área de 133,757 km² de extensão. Possui cerca de 515.317 habitantes e um PIB correspondente à posição 247º no ranking nacional.

8) Joaçaba (SC)

Renda: 0,823 |Longevidade: 0,891 |Educação: 0,771 |IDHM geral: 0,827 (Muito alto)

Mais uma cidade do estado de Santa Catarina na lista, Joaçaba está localizada no interior do estado. Por sua posição geográfica, foi motivo de uma disputa de território entre Brasil e Argentina e posteriormente entre outros estados do país. Tem um território de 241,637 km² e população de 30.404 pessoas. Está em 268º posição do PIB nacional.

9) Brasília (DF)

Brasília

Renda: 0,863 |Longevidade: 0,873 |Educação: 0,742 |IDHM geral: 0,824 (Muito alto)

Capital do país e conhecida por ter sido planejada pelos arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa na década de 1950. Suas edificações são um marco da arquitetura modernista brasileira e o seu desenho urbano foi pensado a partir da forma de um avião. Tem 5.760,783 km² de extensão territorial e uma população de 3.055.149 pessoas. Seu PIB está em 94º lugar no ranking nacional.

10) Curitiba (PR)

Curitiba

Renda: 0,850 |Longevidade: 0,855 |Educação: 0,768 |IDHM geral: 0,823 (Muito alto)

Capital do estado do Paraná, Curitiba tem fortes influências dos imigrantes europeus que migraram no século XIX. É considerada a cidade mais sustentável do Brasil. Em 2015, foi eleita também a cidade mais sustentável da América Latina. Tem um território de 434,892 km² e população de 1.948.626 habitantes. Seu PIB se encontra na posição 471º do ranking nacional.

11) Jundiaí (SP)

Jundiai

Renda: 0,834 |Longevidade: 0,866 |Educação: 0,768 |IDHM geral: 0.822 (Muito alto)

12) Valinhos (SP)

Renda: 0,848 |Longevidade: 0,850 |Educação: 0,763 |IDHM geral: 0,819 (Muito alto)

13) Vinhedo (SP)

Renda: 0,840 |Longevidade: 0,878 |Educação: 0,739 |IDHM geral: 0,817 (Muito alto)

14) Santo André (SP)

Renda: 0,819 |Longevidade: 0,861 |Educação: 0,769 |IDHM geral: 0,815 (Muito alto)

15) Araraquara (SP)

Renda: 0,788 |Longevidade: 0,877 |Educação: 0,782 |IDHM geral: 0,815 (Muito alto)

Para conferir a lista completa, assim como a classificação dos estados e outras análises, confira o site do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

Gostou de conferir este ranking? Você mora ou tem vontade de morar em alguma dessas cidades? Continue acompanhando nossos conteúdos e compartilhe nas suas redes!