As melhores faculdades de gastronomia do Brasil, segundo o MEC

Nos últimos anos, os conteúdos culinários exibidos na TV, nos streamings e na internet despertaram o interesse de muita gente na formação profissional em gastronomia. Só entre 2015 e 2017 o número de alunos matriculados em cursos superiores na área triplicou. Mas esses não são os únicos números do setor que cresceram.

Apesar da crise econômica e sanitária que vivemos nos últimos anos, a indústria brasileira de alimentos e bebidas está em crescimento. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) o faturamento do setor cresceu 16,9% em 2021 em relação ao ano anterior.

Neste mercado ascendente, a formação superior é importantíssima para conseguir uma boa posição de trabalho. É por isso que, neste artigo, falamos sobre o curso de gastronomia e a carreira que ele pode te proporcionar. E também quais são as melhores faculdades de gastronomia do Brasil.

Confira!

O curso de gastronomia

Em suma, o curso de graduação em gastronomia oferece uma formação ampla teórico e prática em culinária brasileira e internacional ao longo de, no mínimo, 2 anos. Isso porque há dois tipos de curso de gastronomia: o tecnológico, que dura de 2 a 3 anos, e o bacharelado, que dura em média 4 anos. O curso tecnológico é o que predomina nas instituições de ensino, embora seja possível encontrar algumas que oferecem o grau de bacharel.

Mas, para além do grau e do tempo, existe diferença entre os dois? A resposta é sim!

O bacharelado é, por natureza, um tipo de curso mais amplo, que abrange diferentes aspectos teóricos de uma área do conhecimento. Desse modo, os alunos do curso de bacharelado têm aulas sobre história da gastronomia, sociologia e design. Além de bioquímica, nutrição, gestão e legislação voltada à indústria alimentícia.

Dessa maneira, o bacharel em gastronomia está apto não só a atuar como chefs de cozinha. Mas também como consultores gastronômicos, treinamento de equipes, bem como pesquisador e professor na área.

Por outro lado, o tecnológico, como o próprio nome já indica, tem uma formação mais técnica e pontual. Como o tempo é mais curto, o foco dessa formação e manejo de alimentos e gerenciamento de cozinhas. Por isso, o curso visa formar profissionais que atuem como chefs de cozinha em restaurantes, hotéis, bares, confeitarias, lanchonetes, dentre outras fornecedoras de alimentos.

Assim, na sua grade curricular, o aluno tem aulas sobre técnicas básicas de cozinha, nutrição, administração e gestão aplicada à gastronomia e planejamento de cardápio.

Mas nem tudo é diferente nesses dois cursos. Eles também possuem várias similaridades. Por exemplo, os alunos aprendem a preparar pratos da cozinha brasileira e internacional. As bases da confeitaria, panificação, bem como da coquetelaria também estão presentes nos dois cursos.

Como são avaliados os cursos de ensino superior pelo MEC?

Antes de mais nada, é importante deixar claro que para uma faculdade funcionar, é preciso que ela tenha o aval de um órgão educacional. Em todo o Brasil, o responsável por credenciar e avaliar as instituições é o Ministério da Educação, o MEC.

Assim, o órgão analisa uma série de critérios, avaliados de 1 a 5, para verificar se aquela é ou não uma instituição que oferece formação de qualidade para seus alunos. São eles:

CC, o Conceito do Curso

Em primeiro lugar, o Conceito do Curso é a nota atribuída ao curso após visita dos técnicos do MEC, que avaliam: as instalações físicas onde as aulas são ministradas; o perfil do corpo docente e técnico-administrativo; e, por fim, a organização didático-pedagógica que norteia o curso.

CPC, o Conceito Preliminar do Curso

Para chegar ao Conceito Preliminar do Curso, o MEC utiliza como base a nota do curso no ENADE e o IDD. Então, sem as duas notas não tem como chegar a um conceito de CPC.

Além disso, também considera o perfil dos professores (a titulação do regime de trabalho deles) e o olhar dos alunos sobre o curso, através de um questionário.

ENADE, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes

Enquanto o ENEM mede o desempenho dos alunos de ensino médio, o ENADE medo o desempenho de alunos de graduação anualmente. No entanto, no ENADE não são todos os alunos que precisam fazer a prova: somente uma amostra é selecionada para participar.

Seu resultado é essencial para a avaliação de qualidade do curso.

IDD, o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado

Trata-se do indicador que mede o valor agregado pelo curso no desenvolvimento dos alunos formados, ou seja, é outro indicador de qualidade. Seu cálculo é feito a partir da comparação dos resultados do ENADE com os do ENEM dos alunos do curso.

Saiba quais são as melhores faculdades de gastronomia do Brasil segundo o MEC

Abaixo, listamos todas as faculdades de gastronomia do Brasil que possuem avaliação máxima (5) no Conceito de Curso segundo a avaliação do MEC.

Mas desde já, vale ressaltar que, em sua maioria, tratam-se de instituições particulares, que oferecem cursos de grau tecnológico. A modalidade presencial também predomina neste curso, especialmente por conta da grande carga de atividades práticas. Ainda assim, há opções para quem quer estudar à distância.