Design Thinking: uma abordagem criativa para resolução de problemas!

Muito em alta, o Design Thinking tem sido cada vez mais utilizado nas empresas que buscam inovar em seus processos e métodos utilizados para conceber novos produtos, serviços e até mesmo processos. É preciso entender mais sobre essa metodologia para extrair todos os seus benefícios e vantagens, de maneira prática, eficiente e objetiva. Acompanhe esse conteúdo e fique por dentro!

O que é Design Thinking, afinal?

Embora o Design Thinking seja uma metodologia moderna e inovadora, a sua aplicação consiste em processos muito simples de executar. Podemos definir a metodologia como “uma forma direcionada de desenhar/projetar pensamentos”, assim como o próprio nome já diz.

Isso consiste basicamente em um processo de inovação e criatividade para o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos; pensados para a resolução de problemas. O grande diferencial desse método é que ele explora e valoriza a criatividade, a experimentação e a empatia, das pessoas envolvidas; em busca de soluções inovadoras.

Muito utilizado em conjunto com a metodologia ágil (que também está em alta e cada vez mais ganha espaço nas empresas inovadoras, substituindo o método cascata ou PMI, na gestão de projetos), o Design Thinking tem mostrado excelentes resultados em empresas dos mais diversos segmentos e portes.

Os pilares dessa metodologia

O Design Thinking possui 3 pilares que definem o seu DNA. São eles:

  • Inspiração: para iniciar é preciso entender o problema a ser solucionado e analisar as possibilidades de ocorrência diante desses problemas, como por exemplo, o comportamento dos usuários e os impactos frente a concorrência. Isso é feito através do levantamento de informações que levem a essa inspiração.
  • Empatia: é fundamental se colocar no lugar do usuário/cliente, para entender as suas necessidades e percepções. Essa atitude visa derrubar barreiras comuns entre áreas da empresa e até mesmo hierarquias, para obtenção de uma visão o mais completa possível sobre o cenário do problema e soluções.
  • Criatividade: que podemos definir como a capacidade de fazer conexões. Isso é fundamental, porque de nada adianta colher dados e opiniões distintas sobre determinado assunto sem que haja esforço para encontrar um denominador comum entre elas.

Características básicas do Design Thinking

Para resumir o conceito do Design Thinking, elencamos algumas das principais características dessa metodologia. São elas:

  • Multidisciplinaridade: todas as pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento do produto, serviço ou processo; devem participar das sessões de trabalho;
  • Processo de trabalho definido: a metodologia é dividida em 3 partes básicas que são: problematizar a questão, pensar na solução para esse problema e testar essa solução;
  • Mente aberta é fundamental: ter a mente aberta é fundamental para o sucesso da aplicação da metodologia;
  • Pode ser usada em diversas áreas: diversas áreas utilizam o Design Thinking em seus projetos, como Engenharia, Arquitetura, Tecnologia da Informação, Ciência, Marketing, etc.;
  • Aprender com os erros: essa é a grande sacada do Design Thinking – ter em mente que errar faz parte do aprendizado. O erro sempre poderá ser utilizado a favor do projeto;
  • Pensar é importante mas colocar no papel é fundamental: pois somente no papel a ideia poderá ser demonstrada e será possível colher feedbacks;
  • Participação do cliente: considerando que o Design Thinking preza pela empatia, trazer o cliente para participar do projeto é ideal para garantir uma visão do usuário final, dentro do levantamento das ideias;
  • O MVP é o resultado do processo: a entrega de valor da aplicação da metodologia, se resume no MVP.

Como usar o Design Thinking: entenda o passo a passo!

Confira as etapas de uso do Design Thinking:

1. Imersão

A imersão é a fase inicial, na qual se deve entender o cenário do problema, discutindo-o em detalhes, para elaborar o escopo e os limites do projeto. É comum utilizar a ferramenta de análise SWOT, para determinar as forças, fraquezas, oportunidades e, também, as ameaças da empresa, que podem impactar o projeto.

Essa fase do Design Thinking é muito importante, pois, é nela que muito material de análise é criado, a partir das perspectivas de todos os envolvidos. É nessa fase que pode entrar também, um trabalho mais aprofundado, incluindo entrevistas e trabalhos de campo, para obtenção de insights relacionados ao cenário.

2. Análise e Síntese

Nessa fase, o material gerado na fase anterior é analisado e organizado, de modo a identificar padrões e categorizar as informações e ideias. Essa fase abre muitas reflexões, pois, a partir dessa análise e organização dos conteúdos levantados, é possível analisar o cenário de novas vertentes, facilitando o surgimento de ideias de solução para o problema.

Diagramas, fluxo e mapas, favorecem a visualização do cenário, das ideias, do problema e de possíveis soluções. É nessa fase que o projeto começa a se concretizar, devido o mapeamento e a organização das informações; permitindo a definição de público-alvo e de um plano de trabalho.

3. Ideação

Podemos dizer que essa é a fase da ideia e da ação, por isso, ideação. É nesse momento que as pessoas envolvidas começam, de fato, a propor soluções. Vale ressaltar que toda ideia deve ser considerada e ouvida, pois, não existe ideia certa e é justamente nessa busca, que o caminho ideal tende a surgir. Todos precisam ter liberdade para expor suas ideias, sem medo de errar. Ferramentas que apoiem o uso da criatividade, estimulando os pensamentos e a imaginação, devem ser utilizadas.

4. Prototipação/Prototipagem – MVP

É nessa fase que o Design Thinking mostra, de fato, para que vai: gerar uma “amostra” da solução de problema, de modo que seja possível testar, na prática, os resultados obtidos com essa solução. Essa metodologia prova que é somente na prática, que podemos obter todos os resultados possíveis de uma ideia na prática. O Design Thinking não incentiva o erro, mas sim, incentiva a perda do medo de errar, porque é justamente com o erro que se aprende qual é o caminho certo. Em resumo, a ideia central dessa fase do processo e desenvolver um protótipo denominado MVP (Mínimo Produto Viável).

A partir das ideias que surgiram na fase de ideação, deve ser criada uma versão simplificada do produto, serviço ou processo; cuja pode ser produzida rapidamente e gastando pouco. O MVP mostrará como a solução se comportará na prática, ajudando a responder diversas perguntas, como por exemplo, se essa solução atende o usuário, se o custo estimado para implementação está correto, etc.

5. Implementação Final

Após obter todos os resultados dos testes com o MVP, é possível saber o que precisa ser aprimorado na solução e o que realmente deu certo. Com base nisso, é possível ir para a fase final, a de implementação da solução. Lembrando que é muito importante manter um processo de melhoria contínua, de modo a aprimorar a solução constantemente.

Vale lembrar que o Design Thinking é uma maneira de organizar o trabalho de desenvolvimento de um produto, serviço ou processo; de modo a potencializar as possibilidades criativas das pessoas envolvidas.

Para garantia do sucesso desse método, é importante analisar e definir quais as melhores ferramentas a utilizar em cada etapa do processo, a fim de atingir o objetivo da melhor maneira possível.

Principais ferramentas utilizadas na metodologia do Design Thinking

Confira algumas sugestões de ferramentas que podem ser utilizadas durante as fases da metodologia:

  • Brainstorming: essa é uma das ferramentas mais utilizadas no Design Thinking. Ela consiste em criar um momento de compartilhamento de ideias entre as pessoas envolvidas no projeto, de modo a levantar o máximo de ideias possível, apresentar cada uma e discutir sobre elas em conjunto;
  • Pesquisa Desk: essa ferramenta é mais usada na fase de imersão. Nela, é criada uma árvore de temas relacionados ao problema, para que as pessoas envolvidas complementem as informações dessa árvore, na medida em que o assunto é explorado. Essas informações podem ser obtidas de fontes variadas, como pesquisas na internet, revistas, etc.;
  • Mapa de Empatia: consiste em um roteiro de perguntas, que devem ser respondidas pelo cliente ou usuário final do produto, sistema ou processo a ser desenvolvido. Algumas perguntas podem ser: como o cliente vê o cenário, o que ele sente com esse problema, como afeta o seu dia a dia, etc.;
  • World Café: trata-se de um método que visa expandir a comunicação dentro de uma empresa. É feito assim: pessoas de diferentes áreas e hierarquias da empresa, são divididas em grupos que se sentam em mesas separadas, para discutir sobre um tema. Dentro de um tempo definido, um membro de cada grupo é trocado, e a conversa continua, com a participação do novo integrante.

O que você achou do Design Thinking?

Esperamos que esse conteúdo tenha sido muito útil para que você entenda mais sobre o Design Thinking e possa explorar todos os benefícios do uso dessa metodologia. E para ficar por dentro de mais conteúdos interessantes como este, não deixe de nos acompanhar.