Meu currículo não cabe em uma página, e agora? Confira 4 dicas

O que fazer se meu currículo não cabe em uma página? Essa é uma dúvida frequente de profissionais que estão elaborando ou reelaborando seu currículo; sejam eles novos no mercado de trabalho ou com uma carreira consolidada.

Atualmente, um processo seletivo pode receber dezenas ou até centenas de currículos. Nesse cenário, é impossível que os recrutadores leiam e analisem atentamente páginas e mais páginas de informações sobre cada candidato. Especialmente quando tudo isso pode estar contido em uma página só sem nenhum prejuízo.

Afinal, o currículo é só o primeiro contato que um recrutador tem com o candidato. A ideia é que, com ele, o recrutador confira se o candidato é apto a assumir aquela vaga. A partir daí qualquer dúvida que surja pode ser retirada em uma ou várias entrevistas pessoais, que são os próximos passos de um processo seletivo.

É claro que reduzir suas competências profissionais a uma página é um desafio, mas não é impossível! Neste artigo, trouxemos 4 dicas de como fazer um ótimo currículo para caber em uma página só.

Confira!

1. Inclua informações com base na vaga que está se candidatando

A função do currículo é apresentar de forma clara e concisa que aquele candidato possui as competências para ocupar aquele cargo na empresa. Ou seja, o currículo nada mais é do que uma síntese das suas qualificações como profissional.

Mas como mostrar de forma clara e concisa que sou o candidato perfeito para aquele cargo? Simples: selecionando bem as informações de acordo com a descrição da vaga.

Isso significa também que não dá para mandar o mesmo currículo para todas as vagas que você se candidata. Embora parte das informações sejam as mesmas, é preciso olhar para o que a vaga espera e entender como você pode responder a ela como profissional.

Por exemplo, no último ano, você fez os cursos x e y. Ambos estão dentro da grande área de mercado na qual você atua. No entanto, o curso x está relacionado às habilidades (técnicas ou comportamentais) desejadas para a vaga, mas o curso y não. Neste cenário, não faz sentido algum incluir ambos os cursos no currículo, somente o curso x.

O mesmo vale para experiências profissionais. Se você é um profissional consolidado na sua área, não há porque incluir nas suas experiências um emprego anterior em uma área totalmente diferente. A não ser, é claro, que somente esse emprego tenha trazido competências relevantes ao cargo que você está se candidatando!

Ao fazer uma filtragem de informações baseadas no que aquele processo seletivo pede, você não só cria um currículo mais interessante. Mas também mantém ele mais curto e direto ao ponto!

2. Corte informações irrelevantes ou desatualizadas

Outro filtro importante para selecionar quais informações incluir no seu currículo é o tempo. Especialmente no campo de formação complementar e habilidades, o tempo é um fator de grande impacto.

Afinal, o mercado de trabalho está em constante transformação. Práticas mudam e novas tecnologias são incorporadas no dia a dia de trabalho o tempo todo. E os profissionais que mais se destacam são aqueles que não param de aprender e se mover junto com o mercado.

É aí que entra a importância dos cursos de atualização e aperfeiçoamento, bem como as especializações para o currículo de um profissional.

No entanto, dizer que você é expert em um software que ninguém mais usa não é muito impressionante, é? Esse é um exemplo extremo, mas ajuda a ilustrar a situação e a importância de aplicar outros filtros nas suas informações.

Dê sempre preferência para incluir os treinamentos e cursos de atualização, aperfeiçoamento e especialização mais recentes que você fez. Isso mostra que você é um profissional pró-ativo e que está sempre em busca de novos aprendizados. E, se deseja incluir cursos mais antigos, pense duas vezes sobre a relevância deles e quais foram as competências que você adquiriu deles. Em alguns casos, você pode só apontá-las no campo de habilidades e economizar espaço no currículo.

Ah, mas lembre-se que essas recomendações valem somente para os cursos de curta e média duração! Cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) devem sempre aparecer no currículo, desde que relacionado à vaga, independente da data de conclusão.

3. A escolha da formatação também impacta na quantidade de páginas

Não dá para falar em quantidade de páginas de um documento sem mencionar a formatação. O tipo de fonte, o tamanho dela, o espaçamento, às margens… Tudo isso pode até parecer um detalhe, mas tem grande impacto não só sobre a quantidade de texto escrito, mas também sobre a leitura dele.

Quando um parágrafo extrapola para a outra folha, diminuir o tamanho da fonte é principal recurso para garantir o currículo com uma página. No entanto, é importante ficar atento à apresentação do documento como um todo. Afinal, os recrutadores precisam ler as informações que você adicionou para conseguir te avaliar como candidato. E quando o documento não está legível, ele certamente será descartado já na primeira triagem.

Por isso, busque um equilíbrio entre um tamanho de fonte que deixe a leitura confortável e que permita que você inclua as informações necessárias. O tamanho 12 costuma ser o mais usado, mas você pode variar entre 11 e 13, dependendo da fonte e da parte do texto.

E mencionamos isso também porque não há diversas fontes que você pode aplicar ao seu currículo, não só as tradicionais Arial e Times New Roman. Além de permitir a leitura das informações, elas também alteram o visual do currículo, podendo se destacar dentre os demais.

Quanto ao espaçamento e as margens, a recomendação é ir com calma e não aplicar variações muito grandes. Diminuir alguns milímetros da margem pode ser o suficiente para garantir que o currículo caiba em uma página sem interferir muito na apresentação.

Caso essas alterações não sejam o suficiente, revise o texto e tente deixá-lo mais conciso!

4. Nunca inclua foto no currículo!

Por último, mas não menos importante: evite incluir foto no currículo.

O primeiro motivo para isso é que a foto ocupa espaço na página do currículo que poderia ser ocupado com suas informações profissionais. Ou até mesmo com informação alguma, garantindo um espaço branco de respiro na apresentação do documento. O que nos leva ao segundo motivo para não incluir foto no seu currículo: este é um detalhe totalmente dispensável.

Na última década, colocar foto no currículo se tornou bastante comum. Isso se deve principalmente à facilidade tecnológica das câmeras digitais nos celulares e também à popularização das redes profissionais, como o LinkedIn. No entanto, com a enorme quantidade de currículos que um processo seletivo recebe, dificilmente os recrutadores terão tempo de se atentar à foto dos candidatos. Mas não só isso: a seleção de um candidato nunca deve se pautar pela sua aparência, mas pelas suas competências profissionais.

Por isso, economize espaço e não coloque foto no seu currículo.