Odeio meu chefe: como aprender a lidar e superar este desafio 

Estar em um bom ambiente de trabalho é fundamental para a qualidade de vida de qualquer indivíduo, pois é lá onde passamos boa parte do dia. No entanto, em algumas situações esse bom ambiente é infectado por relacionamentos difíceis. E quando essa relação complicada é com o seu chefe, as coisas ficam realmente difíceis. Odeio meu chefe, e agora? Confira agora as principais dicas para resolver esse dilema e criar uma atmosfera agradável para trabalhar.

Odeio meu chefe: como devo me comportar?

É desesperadora a ideia de encarar a rotina diária com um chefe carrasco. Mas, será que é isso mesmo? Antes de você gritar aos quatro ventos “odeio meu chefe”, analise as coisas de um modo racional, tomando como base os princípios da inteligência emocional. É muito comum que as pessoas tomem o comportamento de seus superiores como sendo uma vingança pessoal, imaginando que ele “simplesmente não vai com a sua cara”.

Essa premissa quase nunca é verdadeira. Por isso, o primeiro passo para solucionar esse tipo de conflito é analisar seu próprio comportamento e desvencilhar-se da ideia de que há um jogo de interesses pessoais nessa relação, onde o seu chefe é o grande vilão de sua carreira profissional na empresa.

Qual a sua postura frente aos conflitos? Você se posiciona de um modo claro, cortês e objetivo? Você questiona seus principais pontos de vista? Opte por tomar todas decisões diárias imbuídas no desejo de aprender, renovar ou alterar velhos hábitos. Manter-se paralisado, reclamando e alimentando uma relação desgastada só lhe causará um estresse desnecessário ainda maior.

Por outro lado, ignorar o fato e deixar que o problema se resolva sozinho não é uma boa saída. Ainda que a ideia de fugir do confronto possa trazer a falsa sensação de alívio momentâneo, a pressão e o desgaste emocional lhe acompanharão por todas as horas do seu dia. Por isso, encarar esse desafio de forma positiva lhe trará benefícios duradouros por toda sua carreira.

Odeio meu chefe: aprendendo a praticar empatia

Empatia é uma das qualidades mais admiradas – e indispensáveis, para as relações humanas. Se colocar no lugar da outra pessoa, entender seus sentimentos e pontos de vista antes de agir é uma das formas mais claras de demonstrar inteligência emocional. Por isso, identifique quais os principais traços de personalidade do seu chefe e, então, ficará mais fácil elaborar maneiras de lidar com ele, já que você entende parte das razões que orientam seu comportamento.

Além disso, será possível colocar em prática algumas táticas para que, mesmo que demore um pouco, o façam refletir sobre suas atitudes. Assim, ao analisar o tipo de perfil do seu chefe, você provavelmente irá descobrir as incompatibilidades que existem entre vocês, o que poderá ser utilizado como uma grande oportunidade de desenvolvimento para ambos.

Há ainda uma hipótese de que ele não seja um bom gestor, mas certamente suas capacidades em diversos aspectos já foram testadas e reconhecidas. Assim, tente mudar a visão que você tem em relação ao seu chefe e passe a observar quais são os pontos positivos e o quão eficiente ele pode ser para a organização.

Já ciente das qualidades e pontos de vista do seu chefe, quando a situação estiver conflituosa, opte por elogiar suas condutas positivas. O elogio, desde que sincero, é muito eficiente, pois faz o ouvinte refletir em suas condutas frente a tal reconhecimento. Portanto, ter empatia e abolir a ideia de que odeia seu chefe certamente lhe proporcionarão mais momentos de paz no seu labor.

Odeio meu chefe: estresse e patologias

É surpreendente o índice de patologias desenvolvidas em um ambiente de trabalho tóxico. No entanto, ainda há um grande preconceito em volta de tais patologias, de modo que o empregado é visto como um causador de problemas para a empresa, então considerada vítima. Na prática, é como se o funcionário que fica doente adoecesse a estrutura, e não o oposto. As doenças originadas pelo estresse guardam íntima relação com o ambiente de trabalho do paciente.

Tal premissa é confirmada pela pesquisa realizada na Associação Americana de Psicologia, que evidenciou que 75% dos trabalhadores apontavam os seus chefes como sendo os maiores responsáveis pelo estresse no trabalho. Um outro dado alarmante é que, 60% dos entrevistados preferiam um novo chefe a um aumento salarial, caso pudessem escolher.

Ainda segundo a pesquisa, dentre os funcionários que estão infelizes com os seus chefes, cerca de 60%, não saem do emprego. Os principais motivos são, certamente, o medo e o risco de desemprego e desestruturação financeira. Contudo, ao optar por esta decisão, sem cuidar da raiz da causa, trará sérias consequências à saúde do empregado. Abandonar o emprego, tampouco é uma situação mais favorável.

Isso porque o estresse é uma doença de sobremaneira nociva, assumindo um impacto na saúde do indivíduo. Os riscos são muito parecidos com a exposição ao fumo, que é uma das principais causas de morte no mundo. Assim, ao permanecer em um ambiente de trabalho nocivo, as chances de adoecer aumentam significativamente, sendo o estresse crônico, depressão, a exaustão e problemas cardiovasculares as doenças mais comuns.

Odeio meu chefe: solucionando os conflitos

Como vimos, se você não pode ou não quer se demitir do seu emprego, ignorar o problema também não lhe surtirá muitos efeitos positivos. Por isso, listamos algumas atitudes positivas que você pode tomar, no intuito de trabalhar em uma efetiva resolução da crise. Confira todas essas dicas e comece a praticar agora mesmo:

  • Entenda seu objetivo neste trabalho ou função: este emprego é realmente importante para você? Este cargo lhe proporciona realização pessoal, financeira e propósito? Você tem planos a longo prazo nele? Se você respondeu “sim” para pelo menos duas das perguntas, você deve ter um bom emprego e precisa cuidar de seu ambiente de trabalho, sabendo que haverá sacrifícios a serem feitos, até que um bom clima organizacional reja reestabelecido.
  • Assuma sua parte de responsabilidade: conforme bem descrito neste artigo, a empatia te coloca no lugar do outro, entendendo as principais razões para que norteiam suas ações. Neste momento, você já deve ter entendido que parte da responsabilidade neste relacionamento desgastado é sua. Por isso, faça uma lista de comportamentos que devem ser praticados ou evitados.
  • Cuide da sua saúde física e emocional: mantenha em dia seus exames médicos, dando especial atenção às doenças cardiovasculares e emocionais. Sem estar com plena capacidade de trabalho, certamente o ambiente não será o mais favorável. O estresse, a depressão e a fadiga tendem a limitar o confronto positivo, causando ainda mais desgastes na relação.
  • Comunique-se: aprender a se comunicar bem é tão importante quanto saber ouvir. Aposte em um diálogo franco, sem melindres e sem julgamentos. Conecte-se com os objetivos em comum que você tem com o seu chefe e desfrute de uma relação restaurada.

Odeio meu chefe: aprendendo a ter uma relação harmoniosa

Somente você pode definir quais são os seus limites, pois em alguns casos extremos, de fato é preciso por um fim na relação, mesmo com o peso das contas para pagar, medo do desemprego e todas as suas consequências. No entanto, felizmente para a maioria dos casos, é possível uma resolução pacífica no relacionamento do líder com os seus liderados.

Aproveite a leitura deste artigo e tenha em mente que, uma boa comunicação, aliado a empatia e busca por soluções efetivas irão lhe proporcionar um ambiente de trabalho saudável e gratificante, após superar todos esses desafios.