Confira 6 respostas clichês na entrevista de emprego para evitar

Na tentativa de impressionar os entrevistadores, há muitos candidatos que preferem usar respostas clichês na entrevista de emprego. Mas a escolha que parece segura nem sempre é a melhor a se tomar. No caso das respostas clichês, é um erro que impacta todo o processo de seleção.

Você sabe quais são as respostas clichês na entrevista de emprego que os entrevistadores estão cansados de ouvir? Neste artigo, te contamos mais sobre elas, porque podem é importante evitá-las e quais são as melhores alternativas à elas.

Confira!

O clichê é sempre ruim?

É muito comum buscarmos clichês no cinema ou na literatura quando precisamos de histórias que nos tragam algum conforto. Pois o clichê nada mais é do que uma frase batida, uma situação que você já viu se repetir inúmeras vezes e já sabe exatamente como termina.

Num filme de romance, por exemplo, o par romântico corre e consegue se declarar para o seu amor antes que embarque num voo para longe. No de ação, o herói sempre consegue desarmar a bomba segundos antes dela estourar e atingir centenas ou até milhares de pessoas. Ainda que as duas situações sejam emocionantes, elas não são muito originais. No fundo, sempre temos o conforto de saber que as coisas vão ficar bem.

Mas, quando se trata de uma entrevista de emprego, a resposta é: sim, o clichê é sempre ruim.

A verdade é que as respostas clichês são bastante genéricas. Elas não revelam nada sobre a personalidade daquele candidato ou como ele se comporta profissionalmente. Pelo contrário, esse tipo de resposta atende mais ao que o candidato acha que o entrevistador quer ouvir do que uma resposta sincera sobre a pergunta feita.

Dessa forma, o entrevistador não tem condições de fazer uma avaliação profunda sobre o potencial daquele candidato em relação à vaga aberta e a empresa como um todo.

Em outras palavras, dar respostas clichês numa entrevista de trabalho pode diminuir consideravelmente suas chances de prosseguir naquele processo seletivo. Ou, se conseguir, vai logo perceber que não se encaixa tão bem quanto esperava naquele ambiente de trabalho.

Então, o que fazer?

A palavra é: preparação. Independente da entrevista ter um tom totalmente formal ou informal e descontraída, nenhuma pergunta é feita por acaso. Pois cada pergunta revela um ponto importante sobre o perfil dos candidatos. Dessa forma, o entrevistador pode avaliar qual candidato se aproxima mais do perfil buscado pela empresa para aquela vaga de trabalho.

Com isso, algumas perguntas se tornam muito comuns (e até clichês!) em entrevistas como: “Quais são os seus maiores defeitos?”, “Onde você se vê daqui cinco anos?” e “O que você gosta de fazer nas horas vagas?”. A vantagem disso é que podemos nos preparar para dar respostas menos clichês e um pouco mais profundas e que expressam nossas personalidades.

Além disso, dar respostas clichês em uma entrevista também demonstra que o candidato se preparou pouco para aquele encontro. E isso irá pesar na avaliação. Afinal, o entrevistador é um profissional treinado para reparar em todos os detalhes de uma entrevista. Respostas ensaiadas ou falsas são rapidamente detectadas – e não contam pontos à favor.

Assim, não se preocupe com o que você pensa que o entrevistador quer ouvir. Reserve um tempo para pensar nas perguntas que você pode encontrar e qual a melhor forma de respondê-las sem abrir mão da sinceridade e do profissionalismo. É dessa forma que você irá passar uma ótima impressão para o entrevistador, pois permite que ele faça uma boa avaliação sua como candidato. E até mesmo te indicar para vagas que tenham mais a ver com o seu perfil, caso você não se encaixe bem naquela vaga específica.

6 respostas clichês que os entrevistadores estão cansados de ouvir – e como evitá-las

1. “Estou em busca de novos desafios”

As perguntas que envolvem as expectativas do candidato sobre a vaga ou porque ele deixou seu último emprego costumam cair na resposta clichê “Estou em busca de novos desafios”.

Mas a verdade é que essa resposta quer dizer muito pouco ou absolutamente nada sobre o que move aquele profissional. Ela não deixa claro o que seriam estes “novos desafios” e quais obstáculos o candidato já enfrentou na sua carreira – nem como ele conseguiu superá-los.

Entrevistadores estão sempre dispostos a ouvir mais sobre momentos significativos da sua trajetória profissional e também sobre o que você espera para o futuro. Se os desafios que você já superou (e quais habilidades desenvolveu no processo) fazem sentido com o que você irá encontrar naquela empresa.

Então, seja um pouco mais claro e objetivo na sua resposta. Não espere que o entrevistador peça para você exemplificar com situações reais. Se você saiu do seu emprego em busca de novos desafios em uma nova empresa, diga quais são eles.

2. “Sou uma pessoa perfeccionista”

Outro grande clichê das entrevistas de emprego, o perfeccionismo aparece como defeito número 1 da maioria dos candidatos.

Mas, buscar a perfeição naquilo que se faz é realmente um defeito no ambiente profissional? Um profissional que realiza seu trabalho de forma cuidadosa e sem erros é o desejo de toda empresa.

Por outro lado, é comum pensarmos num perfeccionista como uma pessoa que se torna obcecada com os mínimos detalhes. Mas por melhor que esteja, nunca consegue ver as coisas perfeitas. A busca pela perfeição, assim, começa a interferir diretamente no seu desempenho e também no convívio social. Caso este seja o seu caso, é importante que você pontue um momento em que teve que lidar com este problema e também como conseguiu superá-lo.

3. “Gosto de pensar fora da caixa”

“Pensar fora da caixa” é uma expressão que se tornou extremamente clichê nos últimos anos. Mas, trata-se simplesmente de uma forma do candidato dizer que é criativo ou proativo quando se trata de solucionar problemas.

Mas repetir um clichê é algo muito pouco criativo, você não acha? Ao invés de dizer isso, que tal falar sobre situações onde você teve que usar sua imaginação e suas capacidades criativas para soluções ou mudanças?

Neste sentido, não precisa se apegar a somente situações de trabalho, pois sabemos que nem sempre há espaço  para propor mudanças significativas numa empresa ou projeto. Se for relevante, você pode citar uma situação escolar ou até mesmo pessoal. O importante é mostrar o seu potencial para aquela equipe ou empresa.

4. “Meu foco são sempre os resultados”

Profissionais com perfil analítico costumam cair na armadilha do “foco nos resultados” com muita frequência em entrevistas de emprego. Mas, na verdade, todo profissional (não só os analistas) deve se preocupar com os resultados que entrega para a empresa em que trabalha. Afinal, é através deles que se mede o desempenho geral individual e coletivo.

Assim, não se trata de uma resposta errada, mas que fica incompleta quando não há exemplos completos para embasá-la. Fale sobre resultados positivos que você já alcançou nas empresas em que já trabalhou, quais problemas enfrentou e quais soluções encontrou para contornar a situação.

5. “Me adapto a todo tipo de cenário” ou “Sou muito flexível”

Esta outra frase clichê tem um detalhe importante: ela dificilmente reflete a realidade. Por mais adaptável que um profissional for, há sempre limites. Um profissional de área x certamente achará difícil (senão impossível) se adaptar completamente à área y sem nenhum tipo de preparação, por exemplo.

Antes de responder sobre a sua flexibilidade, reflita sobre o cenário que foi apresentado. Você realmente pode se adaptar a ele ou está totalmente fora da sua área de atuação e interesse? Seja claro e objetivo na sua resposta. E saiba que colocar limites não é algo ruim numa entrevista de emprego, pois com eles o entrevistador irá entender melhor qual é o seu perfil de fato.

6. “Trabalho muito bem sob pressão” em todas as situações

Aqui, estamos novamente falando em limites. O trabalho é um ambiente que possui uma grande carga de estresse naturalmente, que requer determinadas habilidades para equilibrar todas as demandas. Afinal, é preciso correr para cumprir o prazo de entrega programado dos projetos com a melhor qualidade possível.

No entanto, existem situações que saem do controle e é esperado que o funcionário não lide como se elas fossem corriqueiras. É o caso, por exemplo, de quando há um chefe tóxico que faz uma pressão indevida sobre a sua equipe.

Então, é importante que o funcionário estabeleça limites, saiba identificar quando a situação os cruzou e coloque a sua saúde física e mental em primeiro lugar. Dessa forma, é possível construir um ambiente de trabalho mais saudável e harmônico para todos.

Ao invés de dizer que simplesmente trabalha bem sob pressão, tente detalhar mais sobre a forma como você organiza as suas tarefas e sobre o seu ritmo de trabalho. Em outras palavras, como você evita que a pressão se torne excessiva no seu dia a dia.

E aí, você alguma vez já deu uma dessas respostas clichês na entrevista de emprego? Esperamos que este artigo te ajude a preparar respostas mais completas e que ajudem o entrevistador a entender melhor o seu perfil profissional. Dessa forma, você começa o trabalho com o pé direito, com todas as expectativas alinhadas com o que a empresa tem a oferecer.

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