O mercado de trabalho está sempre mudando. Ele é diretamente influenciado por eventos econômicos, políticos e sociais. Esses impactos têm se acentuado com a introdução de novas tecnologias e de outras inovações do mercado.
Com isso, os métodos e teorias antigas já parecem não fazer mais sentido. No entanto, esta renovação não passa só pelas formas de gerenciar uma empresa. Passa também pelos profissionais que trabalham nela, sem exceções. Assim, são afetados tanto o profissional com uma carreira com destaque como aquele que se sente estagnado. E também o profissional que está adentrando no mercado de trabalho.
Nesse sentido, quem não acompanha as mudanças do mercado (ou demora para se atualizar) acaba se tornando obsoleto. O profissional do futuro, portanto, é essa ideia de um profissional que está sempre atento às tendências do mercado.
Mas isso não significa só na mudança ou atualização no seu conhecimento técnico sobre a sua profissão. Embora seja muito importante, não é o único ponto que um profissional precisa se atentar.
Afinal, um profissional também compoe-se por suas habilidades de organização, comunicação, por exemplo. Além dos seus valores e ética profissional. Ou seja, seus aspectos mais humanos, que definem o seu perfil e o ajudam a lidar com os desafios do cotidiano turbulento.
Neste artigo, listamos 7 características que serão indispensáveis para um profissional do futuro. Essas características têm fortes relações entre si. Ou seja, uma contribui para o desenvolvimento da outra. Dessa forma, elas possuem um certo grau de dependência para melhor se desenvolverem.
Confira agora quais são elas!
1. Flexibilidade
A primeira característica diz respeito à capacidade de adaptação do profissional. O dinamismo sempre foi um aspecto importante do mercado de trabalho, mas tudo aponta para uma acentuação disso nos próximos anos.
Frente a isso, a flexibilidade do profissional será uma das características mais importantes para os próximos anos. Essa adaptação diz respeito tanto a lidar com as novas ferramentas. Quanto a buscar soluções inovadoras e criativas para solucionar problemas que surjam no seu dia-a-dia. E também utilizar outras perspectivas para pensar o seu trabalho, a empresa e o mercado em geral. Portanto, ser flexível é também sair da sua zona de conforto.
2. Multidisciplinaridade
Na configuração tradicional de uma empresa, os profissionais não eram estimulados a explorar outras áreas do conhecimento para desenvolver suas tarefas. No entanto, o cenário atual (e futuro) apontam para a multidisciplinaridade. Mas o que isso significa?
Multidisciplinaridade é a capacidade de olhar para uma situação ou objeto a partir de diferentes disciplinas. Na prática, significa buscar outras formas de pensar e lidar com as situações profissionais a fim de obter melhores resultados. É um aspecto importante não só para empresas que lidam com inovação e criatividade. A multidisciplinaridade traz muito valor para todos os tipos de empresa, independente da sua área de atuação.
No entanto, não se alcança a multidisciplinaridade de forma simples ou fácil. Necessidade do conhecimento em outras áreas. Portanto, um tempo exclusivo de dedicação aos estudos, o que nem sempre é possível dentro de uma jornada de trabalho longa.
3. Comunicação
A comunicação sempre foi um elemento fundamental para a vida pessoal e profissional. No entanto, para um profissional do futuro, a capacidade de se comunicar efetivamente é decisiva.
Comunicar-se não é somente saber se expressar. É ouvir ativamente o que as outras pessoas têm a dizer, debatendo ideias e formas de melhor atender as necessidades das pessoas e sair de situações de conflito. Quer dizer também respeitar processos, contribuir para a construção de projetos e lidar com feedbacks. Ao mesmo tempo, entender com quem se fala, em quem momento e local se fala.
4. Colaboração
Embora cada funcionário possua as tarefas específicas do seu cargo, uma empresa é formada essencialmente pelo trabalho coletivo. A colaboração é uma competência em destaque atualmente. E vem acompanhada pelo aumento da diversidade nas empresas. A potência dessa tendência é uma mudança na própria estrutura da empresa.
A conexão dos colaboradores na criação de projetos, planejamento estratégico e na execução das tarefas tem grande impacto sobre o sucesso de uma empresa. O espírito colaborativo tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas. Como consequência, a organização tradicional e com predomínio da hierarquia é cada vez mais vista com maus olhos. O líder deixa de ser aquele que delega tarefas. Lidando com uma equipe diversa e multidisciplinar, o líder não é mais aquele que possui todo o conhecimento para a realização dos projetos da empresa. Se torna, assim, aquele que motiva e engaja os seus funcionários a participarem das decisões da equipe. Seu papel é criar espaços de diálogo e agir de maneira analítica, a fim de que as melhore decisões sejam tomadas e que os objetivos dele sejam alcançados.
5. Pensamento analítico
A tecnologia é de grande auxílio no processamento e armazenamento de dados (cujo número está a cada segundo ficando maior, mostrando que afinal entramos na era do Big Data). No entanto, o papel dos recursos tecnológicos não substituem a atuação dos profissionais na análise e direcionamento destas informações. O profissional do futuro precisa não só saber ler e entender os dados. Ele precisa saber analisá-lo, entender como melhor utilizá-lo no planejamento estratégico da empresa.
Dessa forma, o pensamento analítico é levado para outros patamares. Pois ela não afeta somente as decisões de um funcionário. Ela reverbera nos outros profissionais e na equipe, fazendo-os repensarem a ação dos seus projetos e planejarem quais mudanças querem para o futuro.
6. Formação continuada
Algumas habilidades interpessoais estão se mostrando essenciais para o profissional do futuro. Embora sejam importantes, essas habilidades não tiram o peso da qualificação de um profissional para o cargo que ele ocupa ou deseja ocupar. Mas num cenário de constante mudança, especialmente pelo desenvolvimento tecnológico, manter-se atualizado é fugir da obsolescência.
Neste sentido, cursos de curta ou média duração de atualização colaboram para a formação continuada do profissional. Cursos de pós-graduação como as especializações, mestrados e doutorado também são bastante valorizados.
7. Inteligência Emocional
A inteligência emocional é capacidade de reconhecer, avaliar e administrar os próprios sentimentos. Mas também pode se estender à outras pessoas. O princípio da inteligência emocional é que aquele que sabe identificar os seus sentimentos é capaz de gerenciar melhor as suas emoções.
O profissional que tem inteligência emocional consegue proporcionar um ambiente trabalho saudável. Pois faz dele um ambiente acolhedor e aberto à comunicação. Onde os outros profissionais sintam segurança e vontade em contribuir com ideias.
Mas é claro que essa não é uma habilidade simples de ser cultivada. Ela envolve muito comprometimento, paciência e autoconhecimento. Através dessa habilidade, aprende-se muito sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e como as relações se desenvolvem.
Mas depende só do profissional?
Neste artigo, falamos sobre 6 características que um profissional deve cultivar desde já para manter-se atualizado no futuro. Mas ele não está sozinho nesta jornada. É também tarefa das empresas estimularem os seus funcionários a repensarem certos aspectos do seu trabalho. Assim como se manterem atentos às mudanças do mercado. Especialmente se tratando de profissionais já consolidados nas suas carreiras.
Afinal, uma empresa que não estimula os seus funcionários e não investe neles corre o risco de ficar para trás. Os treinamentos e capacitações promovem a qualificação profissional dos funcionários além da integração das equipes. É também um ponto de valorização do funcionário e do seu desenvolvimento dentro da empresa.